Olá malta, para pena de muitos cá estou eu de regresso…
Tenho andado arredado destas lides, mas a pedido de muitas famílias voltei a tomar o pulso á gerência deste fantástico bordel.
Bom, as famílias nem foram assim tantas. Foram digamos algumas…basicamente nenhumas.
Como tenho uma mona que em alguns dias pensa, ela decidiu que deveria pensar numa coisa bem complexa e sem lógica rigorosamente nenhuma.
Os menos distraídos sabem que a União Europeia (UE) fez recentemente 50 anos, e sabem também que Salazar foi eleito o Grande Português de todos os tempos.
Um dos lemas deste simpático velhinho era: “Orgulhosamente sós”, o que contraria por completo a génese da UE.
Então o que é que o meu prodigioso cérebro se lembrou…como seria a UE no tempo da outra senhora? Ou melhor como seria a nossas UE no tempo do Grande Português? E digo nossa, pois os nossos territórios ultramarinos também eram parte integrante da Europa…ou então não.
Ora cá vai mais um raciocínio bem baralhado, rebuscado e muito fantasiado.
Com o fim da 2ª Guerra Mundial, uma das maneiras pensadas para evitar futuros conflitos foi a criação a 25-03-1957 da CEE e da Euratom através da assinatura dos tratados de Roma por parte de 6 países… em Portugal só se teve conhecimento disso muitos, muitos anos depois. Não dá para perceber porquê!!!
O prelúdio do Hino á Alegria da 9ª Sinfonia de Beethoven é o hino da UE…era como quando se ouvia o hino da mocidade portuguesa, uma alegria só.
O acordo de Shengen permite que toda a gente viaje dentro da UE sem controlo de documentos. De fora estão unicamente o RU, a Irlanda e os 12 novos membros. Já repararam que antigamente era a mesma coisa…não!!
De Peniche para o Tarrafal, de Lisboa para Goa…e sempre sem documentos.
Outra semelhança que podemos encontrar tem a ver com o factor linguístico. A UE nos seus 27 Estados Membros tem 23 línguas oficiais, sendo que o alemão é a língua materna mais falada e o Inglês a primeira língua estrangeira.
Estes 27 membros asseguram presidências rotativas de 6 meses. Nós vamos assumir essa presidência no 2º semestre de 2007.
Ora aqui estão mais duas semelhanças. Senão vejam…A nossa “UE” tinha 7 Estados Membros (ainda estávamos no principio) e tinha um sem número de línguas oficiais. Eram tantas que nunca as conseguiram contar todas. Aqui o Português era a língua materna, paterna e restante família, mais falada e o Crioulo de Luanda a 1ª língua estrangeira, ou mais ou menos estrangeira.
Encontramos também semelhanças ao nível do ambiente e das políticas adoptadas nesta matéria.
Para quem não souber, a flor (mas não a floribella) é a etiqueta ecológica da UE. O orçamento da UE para 2007 relativo ao ambiente cresceu 17,9%.
Por outro lado 20% do território da UE está abrangido pelo natura 2000, que protege habitats e espécies em risco de extinção. Outro facto interessante deu-se em 2003 com a proibição da experimentação animal para o fabrico da cosmética. Importante de salientar é também o facto de até 2020, 20% de toda a energia consumida na UE ter de ser proveniente de fontes renováveis.
O atraso que esta malta da Europa tem em relação ao grande avozinho. Senão vejamos algumas das políticas ambientais que ele adoptou.
Proibição total do uso de foices e martelos. Eram objectos que punham em causa o habitat, e serviam para irem exterminando espécies raras.
Já na altura a flor era usada, mas ao contrário. Para não instigar a colheita desenfreada das mesmas, fez desaparecer tudo o que estivesse relacionado com Rosas. A experimentação animal já era proibida…alguém ouviu falar de tortura sobre animais??
Mas a grande politica ambiental do nosso velho avozinho tem a ver com o envio do exército para proteger as matas e florestas nos nossos territórios ultramarinos. Só em máquinas e homens foi gasta uma fortuna. 17,9 % é coisa de meninos. Mas era por uma boa causa.
Esta malta da UE actual está muito atrasada com estas ideias.
E ao nível da protecção dos cidadãos…anos luz de avanço.
Hoje em dia o 112 é o número telefónico dos serviços de emergência em qualquer pais da UE…naquela altura era 0 115. Três passos de avanço. Sem falar que era o mesmo 115 mesmo onde não houvesse telefone. Já viram o engenho.
Qualquer cidadão da UE pode apresentar queixa ao provedor de justiça Europeu sobre a má administração por parte dos organismos comunitários.
Provedor de Justiça!!! Fraquinhos. Uma pessoa só para receber queixas.
Na nossa “UE” havia todo um departamento responsável por isso. Qualquer “má administração” era tratada diligentemente pela grande PIDE…e iam a casa. Chamado atendimento personalizado. Coisas que já não se vem hoje em dia.
Hoje em dia qualquer português beneficia de protecção diplomática e consular em países terceiros onde Portugal não tenha embaixada. Para tal deve dirigir-se aos representantes diplomáticos de um Estado da UE.
Só pergunto uma coisa. Para quê?
No outro tempo mesmo em Timor (que é do outro lado do mundo) não precisávamos de embaixadas para resolver os problemas dos cidadãos nacionais… e é um pais que não é terceiro, pela distância é no mínimo 50º.
A carta dos Direitos Fundamentais da UE compila os direitos cívicos, políticos e sociais dos Europeus. Foi assinado em 2000 no Conselho Europeu de Nice. Ano 2000!!! Mais de 50 anos antes já o nosso avozinho tinha compilado a carta dos Direitos Fundamentais. O curioso é que nunca foi encontrada qualquer cópia de mesma…coisa estranhíssima no mínimo.
De politica monetária basta uma pequena comparação. O Euro circula em 13 países dos 27 Estados Membros. No tempo do nosso bem amado avozinho em quantos países já circulava o saudoso escudo?? Pois é.
E ao nível da politica militar. A nossa “UE” foi a génese de tudo. Não vos parece?? Vejam só. O Eurocorps, fundado em 1992, é o embrião (ainda está neste ponto) do futuro exército europeu. Este corpo tem 60 mil soldados, e esta força já esteve em missão na Bósnia, Kosovo e Afeganistão.
E o exército da nossa “UE”. Esses bravos militares andaram em missão desde a Ásia, Africa e Europa…e não eram propriamente missões de paz.
Á noite se calhar era paz, paz e muito amoooorrrr.
Em matéria de emprego o nosso ancião era um visionário. Comparemos:
As disposições comunitárias em matéria de liberdade de circulação de trabalhadores na UE são extensíveis á Islândia, Noruega e Lichestein, países que não integram o clube dos 27. Por outro lado, em Dezembro de 2006, a taxa de desemprego na UE era de 7,5%.
Isto é de facto coisa de amadores. Na nossa UE a liberdade de circulação ia longe como o raio…de Goa a Moçambique tudo era um vasto mercado de trabalho. Taxa de desemprego não existia. Alguém conhece dados dos INE dessa época? Esperem, não havia INE nesta altura. Como não havia, a taxa era 0%.... de mestre.
Hoje em dia, as cotizações dos Estados são fundamentais. 69% do financiamento do orçamento da UE provém de uma taxa uniforme aplicada ao Rendimento Nacional Bruto dos 27 países membros.
Já o nosso avozinho pensava o mesmo… acho que os diamantes de Angola por exemplo financiavam para ai 69% do nosso orçamento… é mesmo um numero muito excitante, de ficar com a língua de fora ;-)
Por fim a politica Económica. A estratégia de Lisboa aprovada na última presidência portuguesa é um pacote de reformas ambiciosas para transformar a UE em 2010, na economia mais dinâmica e competitiva do mundo.
Não era isto que o Grande Avozinho tinha em mente??
Acho que não.
Como podem ver o homem da cadeira já era um grande europeísta. A sua visão é hoje em dia copiada e seguida por….não me recordo de ninguém.
Esta foi a última invocação ao tempo da outra senhora. De hoje em diante vamos andar
Olá moças e moços que vagueiam por este espaço super, mega desinteressante da blogosfera.
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Márcia, Farinha, Ricardo, Pedro..
