O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Thursday, June 28, 2007

Curiosidades da Idade Média

Olá muy nobres donzelas e cavaleiros que degustam um belo manjar nesta minha taverna. Espero que a carne e o vinho esteja do vosso agrado.
Vou aproveitar a vossa presença por aqui, para vos apresentar um espectáculo que vai andar entre o patético e o vergonhosamente parvo.
Que tal um teatrinho apresentado e representado (chamemos-lhe assim) por um grupo de jograis e candidatos a actores?
Bom, mesmo que não queiram é o que temos para vos oferecer, e caso não queiram desfrutar deste espectáculo cuja deprimência não desprestigia em nada esta taverna não menos deprimente.
Vamos apresentar algumas curiosidades do nosso tempo. Sim nosso tempo. Não repararam que entramos numa máquina do tempo e recuamos alguns séculos?
Não tinham ainda reparado…pensavam que isto era um acampamento de malta hippie?
Mas misturado com um pouco de cenário de Feios, Porcos e Maus…Eheheheh.
Mas já que recuamos até a idade média, vamos aproveitar para conhecer algumas curiosidades desta nossa nova velha época…afinal este espaço também é cultura.
Agora comecem a dar asas a vossa imaginação e vejam o grandioso espectáculo que os nossos jograis vão proporcionar.
Pum…Pum…Pum…Pum, pum, pum
Que suba o pano…
Naquele tempo, a maioria das pessoas casavam-se no mês de Junho (início do verão), porque, como tomavam o primeiro banho do ano em Maio, em Junho, o cheiro ainda estava mais ou menos... Entretanto, como já começavam a exalar alguns "odores", as noivastinham o costume de carregar bouquets de flores junto ao corpo, para disfarçar.
Daí temos em Maio o "mês das noivas" e a origem do bouquet. Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.Depois, sem trocar a água (reparem que lindo!), vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e,por fim, as crianças.Os bebés eram os últimos a tomar banho, portanto!
Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível perder um bebe lá dentro.
É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby outwith the bath water", ou seja, literalmente "não deite fora o bebéjuntamente com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos.
Os telhados das casas não tinham forro e as madeiras que ossustentavam eram o melhor lugar para os animais se aquecerem – cães,gatos e outros animais de pequeno porte, como ratos e besouros.
Quando chovia, começavam as goteiras os animais pulavam para o chão.Assim, a nossa expressão "está a chover a cântaros" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs".Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.
Aqueles que tinham dinheiro, possuíam "loiça" de estanho.
Certos tipos de alimentos como o tomate, oxidavam o material, o que Fazia com que muita gente morresse envenenada – lembrem-se que os hábitos higiénicos da época não eram lá grande coisa...
Daí que durante muito tempo o tomate foi considerado como venenoso. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou uísque. Essa combinação, por vezes, deixava o indivíduo "K.O." (numa espéciede narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Quem passasse pela rua pensava que o fulano estava morto, recolhia o corpo e preparava o enterro. (mais nada!) O "defunto" era entãocolocado sobre a mesa da cozinha (que linda ideia,não?!) por alguns dias (DIAS?!) e a família ficava em volta, emvigília, comendo, bebendo (na boa vida é o que é!) e esperando para ver se o morto acordava ou não.
Daí surgiu a vigília do caixão ou velório, que em inglês se diz Wake,de "acordar".
A Inglaterra é um país pequeno, e nunca houve espaço suficiente paraenterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos retirados e encaminhados ao ossário e, o túmulo era utilizado paraoutro infeliz. (Pessoal, isto é Reciclagem!!).
Por vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nastampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo.
Assim, surgiu a ideia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira nopulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão eficava presa a um sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar.Assim, ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", como usamos hoje.
Ficaram ou não rendidos por este espectáculo magnifico?
Devem de estar a pensar como é bom voltar a viver nesta altura…
Agora vamos todos A Procura de.. voltar novamente aos nossos tempos.
Fui... mas volto.

Wednesday, June 27, 2007

Salvem os Espermatozóides

Hello again meus muy nobre e venerados clientes, cá estou de novo.
Finalmente um tema que está enquadrado dentro desta dinâmica bordeleira, devem estar a pensar os meus caríssimos e ranhosos frequentadores deste espaço alternadieiro.
Pois enganam-se.
Essas mentes porcas e ordinárias já deviam de estar a imaginar grandes desvarios sexuais, orgias da mais estrita qualidade…em suma molhadas.
E qual era o vosso conceito de salvação?
Estou mesmo a ver o que é que estava a passar nessas mentes pecaminosas…seus hereges.
Mas não é nada disso que se passa na minha cabeça…bem depende da cabeça de que estamos a falar e do momento propriamente dito. Eheheheeh.
Mas vamos tentar falar de coisas sérias.
Foi publicado no “British Medical Journal”, um estudo que percorreu nada mais nada menos que cerca de 50 anos, e onde se chega a conclusão de que o esperma europeu está a perder qualidade. Nestas cinco décadas o esperma europeu perdeu cerca de 50% da sua qualidade.
Com estes dados revelados só posso chegar a uma dedução que será no mínimo brilhante… Os Espermatozóides vão ser os futuros Dinossauros da humanidade.
Brilhante não é?
Tal como os Dinossauros os Espermatozóides vão desaparecer da face da terra. Por isso povo europeu não percam tempo, comecem a fazer reservas dos girinos, não vá o diabo fazer das suas.
Não sei se será importante, mas é bem elucidativo da coisa, por cada milímetro ejaculado passaram de 113 milhões para uns míseros 66 milhões.
Ou seja passou-se de uma coisa do tipo I’m COMMMIIIIINNNNGGGG, para uma coisa do género, I’m coming... fraquinho, fraquinho.
Mas há uma dúvida que me atormenta e uma imagem que o meu cérebro projectou e que tal como a dúvida também me atormenta.
Mas como será que a qualidade ou a falta de qualidade do sémen foi encontrada.
A imagem que o meu cérebro projectou é no mínimo ordinária…
Ah e tal, como estamos de espessura? Média.
Composição? Fraquinha.
Sabor? huuuummmmmmm.
Mas acho que isto com a medicação certa é capaz de ir ao sítio.
O macho europeu que se podia orgulhar de ter dentro dele uma barragem do Alqueva dos espermatozóides, está a ficar reduzido a um riacho ou mesmo a uma levada… vidas.
Se a tendência de enfraquecimento do esperma não for contrariada, em breve engravidar só mesmo numa marquesa.
Já estou mesmo a ver a gaja de pernas abertas e o seu machame feitos loucos desvaridos a possuírem-se em pleno corredor de um qualquer hospital e o público todo a volta aos gritos para impulsionar o acto….Vai, Vai, mais fundo, tu consegues, Vai…..
Aí. Porra. O que é que eu fiz para levar com esse pisa papéis na mona.
Ah!!! Não era nada disto. Marquesa queria dizer inseminação artificial…e eu sou bruxo.
Mas adiante, apesar da forte dor de cabeça que tenho neste momento.
Este estudo vem constatar um aumento dos factores masculinos de infertilidade. A Europa enfrenta o declínio da fertilidade.
Países como a Dinamarca, Finlândia, França, Espanha, Reino Unido, Suécia, Lituânia, Estónia e Letónia foram abrangidos por este estudo e em alguns casos os resultados são mesmo catastróficos…acho eu.
Os líderes no acto de expulsar espermatozóides são os lituanos, com a modestíssima marca de 65 milhões de espermatozóides por mililitro ejaculado.
A um passo do abismo estão os espermatozóides dos vickings. Apenas e só 44 milhões…os chapéus com cornos começam a ter uma explicação.
Mas isto estar a acontecer com esta malta do Norte da Europa até se consegue perceber…aquilo lá é um frio que não se pode que das duas uma, ou os espermatozóides congelaram ou então recusam-se a vir cá para fora…não vá ser falso alarme e uma boa e agradável greta não passe de uma miragem.
A malta do Reino Unido também se explica bem. São tão fleumáticos que até no acto de ejacularem se tornaram comedidos…Eheheheh.
Já o requinte e sofisticação dos franceses superaram o seu chauvinismo, e decidiram fazer uma coisa semelhante a nouvelle cuisine, que é aquela pouca coisa nos pratos. Inventaram a nouvelle ejaculation…que é aquela coisa pouca quando rebentam.
E uma nota para o meu francês…um misto de perfeição e limpeza.
Já a famosa fúria Espanhola parece que anda a ficar reduzida a um mero movimento assim tipo mais ou menos, mas mais pró menos que pró mais, brusco espanhol. Enfim!!!
Portugal não foi abrangido por este estudo. E a mim parece-me mal.
Em 1º lugar porque a média de girinos ia certamente aumentar…afinal estamos na coutada do macho lusitano.
Em 2º lugar o estudo ia ser muito mais interactivo e dinâmico. Haveria de ser bonito, um tuga ser abordado por um “gentil” cavalheiro no intuito de ele participar neste estudo. Acho que o gentil cavalheiro ia ficar muito mal tratado.
Por outro lado se a abordagem fosse feita por uma técnica altamente especializada estamos mesmo a ver que ia sair uma coisa tipo Montepio… Na minha casa ou na tua…mas se não der tempo podemos ir ao meu carro, aquele beco, ou mesmo naquele vão de escada…que tal?
Eu como Português fico aborrecido, para não dizer magoado, por este pais não ter sido ainda invadido por técnicas altamente especializadas, esculturalmente profissionais, e com méritos e bustos inquestionáveis…mas vou continuar com fé.
Mas o que é que anda a provocar este “afrouxamento” do espermatozóide Europeu?
De um modo geral é o modus vivendi ( em latim da logo outro sainete), especialmente o urbano. Calma malta, não é preciso começarem a fazer as malas e a bazar em massa para o campo.
As causas são genericamente cinco. E como vamos ver, acho que Portugal não se enquadrava na coisa. Senão vejamos:
1.Poluição ambiental e maus hábitos alimentares, em particular a ingestão de comida com produtos químicos. Isso entre nós não acontece praticamente. Basta reduzir a nossa população em muita gente e fazer as compras nos mosqueteiros…afinal eles dizem que produtos mais frescos não há.
2. Stress e quotidiano marcado por um ritmo acelerado, consequência da vida nas grandes cidades. Com um bocado de sorte os que faziam os testes eram funcionários públicos….Ahahahah.
3. Consumo de álcool, tabaco e estupefacientes. Para um povo que conhece as sopas de cavalo cansado desde tenra idade, onde são as mulheres que mais fumam…só se for mesmo por causa da droga.
4. Sedentarismo associado à ausência total da prática de exercício físico. Logo nós que somos que andamos sempre a correr, mas na versão fugir…das responsabilidades, dos impostos, da ordem e do civismo, etc. Acham que há falta de exercício?
5. Não utilização de preservativo em relações pontuais, levando à proliferação de doenças venéreas que interferem na fertilidade… a solução é mandar plastificar, ou já levar o preservativo posto quando se sai de casa. Para mijar é que era capaz de ser chato.
Com isto tudo já era tempo da União Europeia decretar O Dia do Espermatozóide Europeu e fazermos em Portugal “Um Dança Comigo…e depois damos uma Pranchada” Especial, para angariação de fundos, para a recém fundada “Casa do Espermatozóide Subnutrido”.
Clientes deste Bordel temos que nos juntar todos e chamar o maior número de amigos e amigas e amigas e amigas para que em conjunto possamos continuar a desfrutar de inúmeros momentos hipifânicos da vida…e que estes continuem a ser grandiosos e escritos em letras bem grandes….
Por isso rapaziada fêmea deste pais, está na hora de irem A Procura de… iniciar a reserva de girinos. Eu faço o sacrifício de me oferecer como voluntário. Eheheheh.
Fui…mas volto.

Tuesday, June 26, 2007

Rearviewmirror

Hello galdérias e galdérios residentes deste mísero mas também pestilento condomínio da zona nobre da Blogosfera.
Hoje vou abrir mais um negócio na grande avenida.
Não nos pedem para sermos ousados e empreendedores…pois sejamos.
Não sei que nome dar a este meu fantástico projecto. Digamos que será um mix entre um consultório de psicologia e coisa nenhuma ou sem sentido nenhum.
Dai a minha dúvida…não o consigo enquadrar muito bem.
E a parte que eu chamei de “consultório de psicologia” não visa ofender os profissionais da área…são só coisas minhas.
Mas apesar das coisas já tenho um sofá bem confortável para iniciar as vastas terapias que por ai vem…acho que vou começar já por mim :-)
Pois é malta, há muitas pessoas que são como os museus. Não me estou a referir a algumas naturezas mortas que por ai andam, nada disso…simplesmente vivem do passado.
Para eles a vida não passa de um projectar constante de memórias, das mais diversas situações, mas onde aquelas que tem um maior enfoque são de facto aquelas que os impedem de caminhar.
Devemos olhar o passado para viver o presente, e juntar estes dois para projectar o futuro. Agora estar constantemente a projectar o passado no presente e a perspectiva-lo para o futuro…é garantia de asneira.
Por inúmeras vicissitudes da vida, muitas delas não explicáveis existem pessoas que não conhecem o looking forward.
Alguns azares, alguns infortúnios, alguma pedra no caminho é o suficiente para muitas pessoas começarem a proteger-se com um manto imaginário…tipo colete a prova de balas, mas do género invisível.
A partir deste momento estão fechadas sobre uma concha…a concha do passado.
Medos tenebrosos invadem os seus cérebros e as suas emoções.
O mostrar um lado mais desprotegido (o tal da capa) é sinónimo de descerrar as fileiras que entretanto tinham sido armadas.
O voltar a revelar um lado emocional com maiores carências, pode significar um abrir da caixa de Pandora, em que os resultados serão os piores possíveis.
Viver com os fantasmas e com as sombras do passado, normalmente acaba por atormentar as pessoas e não lhe deixar espaço para serem felizes.
Soltem a capa ao vento, retirem o colete a prova de balas e deixem as emoções entrar.
Saiam da concha que há muito está fechada e não tenham medo de abrir a Caixa de Pandora…o resultado pode ser aquele que menos se espera.
Uma vida para ser vivida na sua plenitude, não pode ser uma vida sofrida.
Desgostos, desilusões, frustrações, desamores e tantas coisas menos positivas fazem parte do nosso crescimento.
E é com estas coisas menos positivas que nós vamos ganhado bagagem para enfrentar o próximo obstáculo que eventualmente se atrevesse no nosso caminho.
È o somar de todas as vivências, sejam elas positivas ou negativas, que nos vai moldando o nosso ser, a nossa personalidade, a nossa maneira de encarar e enfrentar as coisas.
Fugir das coisas ou escondermo-nos delas não é, nem nunca será a melhor das soluções. È uma delas, mas não é a SOLUÇÃO.
Até mesmo o facto de darmos uma segunda hipótese a alguém. O NÃO é uma das repostas, mas não pode ser a resposta.
Temos que estar disponíveis para….
Para voltar a abraçar um amigo que eventualmente tenha cometido um erro connosco. Para voltar a amar alguém com quem um dia fomos felizes e que por algum motivo deixamos de ser.
Mas antes de mais nada temos que estar disponíveis para começar de novo, para definir um rumo firme e sustentado para o futuro sem estar constantemente a olhar para trás.
Temos q estar disponíveis para arriscar um novo emprego. Para arriscar fazer novas amizades. Disponíveis para amar.
A vida não são só sombras e tempestades…é antes de mais luz, harmonia e felicidade.
Para isso tem q haver sempre um motivo, um alguém, uma razão (tal como diz a música) …








Ninguém é perfeito, nem mesmo eu (e não se esqueçam que eu pertenço ao restrito Grupo de Deuses Gregos da Blogosfera), e como tal estamos sempre a tempo de corrigir os nossos defeitos, os nossos orgulhos e os nossos medos.
Assim, vamos lá todos juntos e de mãos dadas (mas intercalando homem e mulher. Não há cá essas mariquices, nem me venham com a conversa da fraternidade), A Procura de…encontrar a razão para ignorar de vez o Rearviewmirror das nossas vidas.
Fui…mas volto.

Saturday, June 23, 2007

Eternamente Vinte Seis

A minha menina terá eternamente vinte e seis anos.
Se ela estivesse entre nós faria hoje 27 anos.
Mas um curso anormal da vida fez com que isso não fosse possível…mas a data de nascimento da minha cosa má linda vai ser para sempre recordada por mim e por todas aqueles que gostavam de ti e que te amavam de modo incondicional.
Estavas sempre a rezingar quando fazias anos…chegaste a dizer que estavas a ficar velha. És mesmo tonta.
Serás eternamente jovem, mas vais envelhecer juntamente com aqueles que te vão trazer sempre no coração.
Já o disse e volto a repetir as vezes que me apetecer, no meu coração, o teu lugar está guardado para todo o sempre…e como ele ficou pequeno e apertado com a tua partida.
Escrever sobre a minha menina é algo que me deixa sempre marcas…é um passar de memórias que deixam uma nostalgia, um sentimento de falta que nunca será colmatado…a não ser pelas lembranças fantásticas do tempo que passamos e que desfrutamos juntos.
E é o momento onde mais facilmente liberto o Bonga que está dentro de mim…
O dia de hoje ia ser sinónimo de festarola. Desde a vertente construção civil que seria proporcionada por um vinho de andaimes, a uma boa dança russa ou mesmo um samba brasileiro proporcionado pela Nono, o certo é que ia haver festa e alegria....muita alegria e muitos sorrisos e risadas.
Apesar da grande injustiça que a vida te fez, apesar da dor que todos aqueles que te amavam e amam sentem por essa enorme injustiça que foi cometida, é nas recordações que temos de ti (e tal como a tua mãe disse há dias…e são todas boas) que nós temos que pegar, olhar e sentir a tua presença ausente.
Tu para mim foste sinónimo de vida, de felicidade, de boa disposição, de sorriso, de reaprendizagem, mas acima de tudo de uma amizade enorme, profunda e cúmplice…que eu julguei indestrutível e inseparável.
Hoje, continuas a ser sinónimo de tudo isto e também de calma…o recordar os teus conselhos e as nossas longas conversas ainda me ajudam e muito em momentos mais delicados.
És a voz da minha consciência, assim tipo Anjo da Guarda. A estrela que brilha no céu e ilumina o meu caminho…em especial quando ele se torna mais sombrio.
E é com este sentimento de uma ausência presente que te vou recordar eternamente…com os teus belos e tenrinhos 26 anos.
Hoje vou A Procura de…encontrar a tua alegria e o teu sorriso.
Fui…mas volto.

Friday, June 22, 2007

Será que chegou mesmo?

Hello rapaziada estóica e resistente…será que ele chegou mesmo?
Mas quem chegou e onde?
Basta olhar para a rua para perceberem do que é que estou a falar. Ainda não perceberam? Não me admira mesmo nada. Afinal só pessoas com um nível intelectual baixíssimo frequentam este espaço.
Então não se está mesmo a ver que estou a falar do Verão!!!
Ok, a dica de olhar lá para fora se calhar não foi a melhor…afinal se só olharmos parece que estamos agora a chegar aquela altura que divide o Outono da Primavera.
Se não repararam as andorinhas ainda não apareceram. Por onde andaram elas??
Essas avinhas com ar frágil e singelo, estão-me a sair umas belas aves de rapina…umas galdérias.
Ao contrário delas, os pombos tomaram definitivamente conta de tudo na cidade de Lisboa. É cada embargo espalhado por ai que até arrepia…assim tipo Sá Fernandes. Eheheheheheh.
Após constatar que as andorinhas ainda não tinham aparecido, que a chuva ainda caía, que céu pouco nublado ou limpo (agora parecia mesmo a malta da meteorologia) nem sombra, e sombras devido as nuvens imensas eram uma constante, só podia mesmo chegar a uma conclusão…ESTAMOS NO VERÂO.
Mas isto só aconteceu quando vários elementos e elementas bem rudes me esbofetearam e me esfregaram um daqueles calendários modernos na tromba. E de facto no dia 21 de Junho tinha lá escrito…Verão. Mas verão o que? , perguntei eu.
Eu é que deixei de ver tanta foi a pancada que apanhei, E de facto o verão deve ter chegado e assim de repente, pois fiquei com um calor que não podia e o corpo estava assim para o Lagosta…mas uma lagosta africana :-(
Eu que já tinha montada a esplanada desta minha xafarica desde o dia 1 de Junho…ai é que começa mesmo o Verão.
E não me venham cá com técnicas de persuasão modernas, nem argumentos mais vigorosos porque eu é que estou coberto de razão…bem como de pancada.
Quando é que começa a época balnear?
Digam todos em coro….21 de Junho. Não porra. Tá mal.Tá errado.
Uma vez mais…. 1 de Junho. Isso. Estão a ver como sabem. Ok, o cartaz ajudou muito…mas isso não interessa.
Ora bem, se a época balnear tem inicio, qual é o argumento para me dizerem que o verão também não começou??
Ninguém tem. A velha conversa da tradição, já sabem que não cola. Comigo não.
Não me venham com a conversa fiada que o verão começa porque sempre foi assim, é de calendário. O tanas. O calendário também diz que o Mantorras tem vinte e pouco anos, e ele já é quase quarentão…de que serve afinal o calendário. Só mesmo para enganar a malta. Mas a mim não me enganam.
E foi a pensar assim que desde dia 1 a esplanada está montada para a malta alternar entre o interior e o exterior desta barraca…mas a malta alternava de um lado para o outro, mas só no interior.
É que tem estado um verão tipo nórdico, ou mesmo tipo glaciar. Fresquinho, fresquinho.
Até mesmo os caracóis estão a pensar fazer uma greve geral. Afinal ainda não podem por os corninhos ao sol na sua plenitude. Mas o acordo quanto a data, o local e o tempo de duração da greve ainda não está definido. Parece que a CGTP destes bichos diz que os objectivos da greve são fracos e que o melhor é eles irem mesmo para a panela mais próxima…quem é que traz o pãozinho torrado e as jolas?
A esplanada tem estado sempre limpinha. Tanto de gente, como de sujidade, tal é a quantidade de água que tem caído.
O Verão anda deprimido.
Então decretam a abertura das praias para dia 01 e já vamos a 21 e ainda decorrem obras para elas poderem abrir…é mesmo típico dos Portugueses.
Até para oficializar a chegada do verão deixamos para a última…e sem certezas de que seja desta.
Para mim ta mal não ter começado efectivamente no dia 01. Não de Junho, mas, de Janeiro.
Afinal a chuva e o frio deixam as pessoas deprimidas…o Sol, o calor, o brilho deixa a malta mais contentinha, mais radiosa, mais caliente.
Por isso a partir deste ano o Verão está obrigado a chegar no dia 01 de Junho…para não querer parecer abusado.
Afinal se as praias deixam de ser clandestinas, pois a época balnear é oficialmente (e esta palavra faz toda a diferença) aberta, o verão também tem que começar… e mais nada.
Assim minha gente alternadeira, está na hora de irmos A Procura de… encontrar de vez o verão. Esse velhaco.
Fui…mas volto.

Tuesday, June 19, 2007

100

Pois é bebés….apesar de todos os esforços que foram feitos para fechar este espaço vergonhoso…legais e ilegais.
Apesar de todas as ameaças que foram feitas sob o Grande Deus Grego que é proprietário desta coisa absolutamente deprimente.
Apesar de todas as contrariedades, do rapto maléfico da imaginação e da constante falta de interesse dos textos que aqui foram publicados (tudo por uma questão de coerência).
Apesar dos inúmeros insultos e os não menos risos trocistas com que fui abordado na cidade, vá lá na minha rua, no café, ou melhor, no elevador, pronto, cá em casa e quando não está ninguém…e apesar de toda a minha inaptidão pela informática, consegui chegar á mítica quantia dos 100 post´s.
Já houve pessoas que viram as suas vidas mudar desde que passaram por estes bordel…nunca mais foram as mesmas. Os efeitos secundários foram graves e o efeito degenerativo foi galopante.
E eu disse mítica marca de 100 post´s, pois as apostas iniciais variavam entre os 5 e 6 post’s…os mais arrojados apostaram fortunas nos 8 post’s. Mas eu sou teimoso como o raio. Apesar da total consciência da falta de qualidade, de interesse e tudo o mais que revestem estas coisas denominadas de textos, ou mesmo vídeos, que mais não serviam para tentar embelezar um bocadinho e dar música aos clientes deste espaço alternadeiro. Mas até isto me querem tirar…o YouTube bloqueou a minha entrada.
Seja qual for o portas que lá está já sei qual é o caminho…não entro.
Tem cartão de cliente? Então vai ter que pagar o consumo mínimo da casa…que é para lá de muito…mas eu não desisto. Vou tipo undercover.
E para festejar esta marca histórica não há nada como uma boa inauguração e a respectiva festa.
Já temos os salgadinhos da pobreza, o vinho espumante do Lidl e o Whisky martelado comprado em Sacavém.
E o que vamos inaugurar perguntam vocês? Ok, já sei que não estão minimamente interessados…mas eu sou tipo Alberto João, inauguro na mesma.
Para aqueles que ouvem a Comercial pela manhã já devem ter ouvido as músicas para sonhar. Pois bem o que aqui vamos inaugurar é uma coisa assim do género…mas dois passos a frente. São dois como poderiam ser tipo três. Tinha é de estar mais a frente.
E o que melhor para inaugurar este espaço que tem o fantástico, o magnânimo e o inovador nome de “Músicas para tentar adormecer e dormir profundamente, sem no entanto maçar as pessoas com um ressonar assustador”, do que o grande Verão Azul.
Quem não se lembra desta série mítica?
Provavelmente muita gente, a começar desde logo por aqueles que ainda não tinham nascido.
Quem não se lembra do velho Chanquete e do grande Piraña, e de todas as aventuras que este grupo de niños viveu?
Certamente que todos aqueles que eram crianças há cerca de 20/25 anos se lembram deles na perfeição.
Mas para os mais esquecidos aqui fica a música mais assobiada de todo o sempre…


Este é só o primeiro de muitos que por aqui vão aparecer com uma regularidade indefinida…depende da vontade do autor. Afinal ele ainda manda alguma coisa por aqui. Pouco, mas manda.
E é com este belo reviver das nossas infâncias que me vou fazer a estrada A Procure de…mais momentos míticos de todos os tempos.
Fui…mas volto.

Monday, June 18, 2007

Saudade

Olá, olá, clientela deste bordel miserável que definha na grande avenida da blogosfera.
Saudade, essa palavra tão portuguesa. Era mesmo isso que eu sentia em relação a vir a este espaço, e aos meus caríssimos clientes.
O espaço esteve em obras, e agora depois de uma intervenção de funda conduzida por um Design de Interiores (coisa bem chique), está mais profundamente deprimente que nunca.
Mas voltemos a saudade.
Se há uma palavra que define bem o estado de espírito lusitano é esta mesmo.
Ao contrário dos brasileiros que tem o Samba, sinónimo de alegria e folia, os lusitanos tem o fado. E qual é um dos sinónimos tradicionais do fado…a saudade.
Somos um povo de gente saudosista. Estamos sempre a chorar por tempos que não voltam mais, por situações do passado e que devido a uma normal evolução do tempo não é possível repetir.
Ainda temos pessoas que choram pelo tempo da outra senhora. Que choram pelo velho escudo. Que choram pelo Portugal sozinho e sujeito aos maiores desníveis em relação aos nossos parceiros europeus (não é que aqui as coisas tenham melhorado muito). São os benfiquistas com saudades da sua dupla de ataque fulminante…Eusébio e Calabote. Ehehehehe.
Mas o povo lusitano é mesmo assim…saudosista e meio tristonho. Mas também o que é que muitas vezes o nobre povo lusitano faz para contrariar essa situação???
Nada, ou quase nada…pode ser que o estado arranje uma alternativa para a coisa.
Mas o conceito de saudade só deve ter cabimento se for tido em relação a pessoas.
Pessoas com quem compartilhamos bons e maus momentos e que por algum motivo mais ou menos instintivo nos afastamos.
Pessoas que já não estão junto a nós e cuja sua marca indelével faz com que esse sentimento esteja presente.
Enfim, são as pessoas de quem nós gostamos que fomentam esse sentimento tão tuga, mas tão nobre…é sinal que passaram ou ainda estão nas nossas vidas pessoas que nos marcaram profundamente.
E por isso é que eu disse no início que tinha saudades dos meus clientes…apesar de eles serem pessoas sem qualquer interesse.
Por isso decidi fazer uma pequena pesquisa e trazer algumas frases que invocassem este sentimento lusitano, e constatar que apesar do momento ser marcante, o que efectivamente nos marca são as pessoas.
Estão preparados para esta bela safra de saudosismo?
Cá vai disto…
“Saudade é a certeza de ter vivido e sentido o que algum dia, em algum lugar, nos marcou para valer.”
A este algum dia, em algum lugar devemos acrescentar ALGUEM…sem este elemento a frase perde grande parte do seu sentido.
Vamos a mais uma volta…”Quem inventou a distância não sabe o quanto dói uma saudade.”
E essa distância para ser dorida, para ser sofrida tem que ter alguém que muito amamos.
E sem mais delongas…” Saudade é tudo o que fica de quem não pode ficar”…será que é preciso dizer algo mais????
Tipo poço da morte, mais uma corrida…” Saudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.”
…e nesse caso é bom que ele fique guardado juntamente com quem nos proporcionou no nosso baú mais especial.
E seguindo para Bingo, “A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena.”…mas onde não vale a pena forçar a sua repetição…se acontecer não é saudade, é um novo presente.
Mas ainda temos mais…” Saudade é não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos”…devido á ausência de alguém.
Também em outras músicas que não o fado a saudade é cantada. É da doninha mas não cheira nada mal …”A verdade é que a saudade do que passou, não é mais que muita. Mas por muita força que faça ela passou por saber que te vivi. Tu deste tudo e eu joguei, arrisquei e perdi.”…simples mas brilhante.
Estes são alguns exemplos que vem reforçar a minha ideia de saudade. No entanto há dois exemplos que para mim representam o expoente máximo desta minha teoria.
Em 1º lugar uma frase lindíssima de St.Exupery. Que diz somente isto: “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.”…esta frase vai directamente para duas pessoas que marcaram profundamente a minha existência, e que de facto levaram um pouco de mim, mas que também me deixaram um pouco de si. O meu AVÔ e a minha MENINA.
Por fim, um texto que tem tanto de pequeno como de bonito. O seu autor é sem surpresa Pablo Neruda, que nos deixa sempre belos exemplos e belos ditos sobre tanta coisa. Com a saudade não é diferente.
“Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade, aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido..."
E mais uma vez existe sempre um ALGUÉM por quem a palavra saudade faz todo sentido.
E é dentro deste contexto de emoções que podemos dizer, e eu o digo em particular, que vou juntamente com muitos de vós A Procura de…sentir ou não sentir Saudades.
Fui…mas volto.