O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Tuesday, February 27, 2007

Mochila ás Costas















Olá senhores passageiros, aqui quem vos fala é o Comandante Joca, vou ser eu que vou estar aos comandos deste magnifico aparelho que vos vai levar numa viagem que se espera sem incidentes (tirando uns poços de ar, alguma turbulência e quem sabe uma aterragem de emergência) até ao nosso destino… A Figueira da Foz.
Olha não sabia que a Figueira tinha Aeroporto, devem de estar vocês a perguntar?
Tem sim senhor. Está é muito bem escondido e só algumas, poucas pessoas sabem onde é.
Estão a ver a praia….é logo a seguir.
Pois é, a Figueira da Foz representa mais um destino no roteiro de viagens.
E a Figueira porquê?
Porque foi lá onde fiz a minha primeira passagem de ano fora de Lisboa…digamos que foi uma passagem de ano que durou uns quantos dias.
Na Figueira morava o Barata (estão recordados dele da viagem a Mil Fontes? Pois é, este está em todas.) e após convite feito por ele tomamos a decisão de ir fazer uma passagem de ano diferente do habitual. A decisão não foi fácil, estivemos para ai 5 minutos a decidir…sendo que 4:50 minutos foram gastos a decidir em que dia íamos…éramos pessoas muito ponderadas.
E lá fomos todos. A tribo era composta por mim, pelo Carlucis, Zé Tó, Nuno Alberto, Miguel, Áurea e uma sobrinha dela que curiosamente era mais velha do que a grande maioria de todos nós (mas isso é outra história).
O Zé e o Nuno foram andando para preparar o terreno e o resto da malta lá embarcou no comboio dois dias depois.
Após um almoço bem frugal lá fomos nós de mochila ás costas, viola debaixo do braço e uma garrafa de Jeropiga a tira colo para uma viagem bem alucinante até a Figueira…alucinante para o resto dos passageiros.
Lá chegados constatamos logo que o ambiente ia ser de festa rija…a sobrinha da Áurea é que ainda andava meio perdida no meio de tanta parvoíce, mas era só uma questão de tempo.
Como qualquer homem que se preze e que more sozinho a casa do Barata tinha pouca coisa por assim dizer…mas isso quando se é jovem e inconsciente não conta para nada.
Talheres havia poucos…não há nada como uma chave de fendas para comer um ovo escalfado, e a falta de pratos era resolvida comendo a feijoada directamente da panela.
Não há nada como um cobertor no chão para dar uma bela cama…e sem stress.
Digamos que a rambóia começou nesse preciso momento. Desconfio que os vizinhos dele passaram os piores dias e noites da vida deles.
Desde haver música constante de manhã até de manhã, havia toda uma série de barulhos provocados por uma cambada de alucinados que estavam todos juntos no mesmo espaço…medo.
Banda do momento nesta altura…Extreme. Muito tocou aquele CD ou cassete (já nem sei ao certo) …música de eleição: More than words…Simplesmente fabulosa.
A quantidade de líquidos ingeridas naqueles dias foi uma coisa absolutamente medonha… acho que muitos de nós só apanharam uma única beza.
Mas se fosse só os líquidos…e por aqui me fico. Coisas da juventude…Ehehehe.
O estado por vezes era tão ruim que á falta de tabaco havia quem enrolasse chá para fumar. A Lúcia lima não dá uma grande moca mas distrai…comentários são de todo desnecessários.
Obviamente que ingerir tanto estimulante provoca que hajam ideias fulminantes…e que ideias.
Desde ver um bando de jovens adolescentes e adultos a jogar ao macaquinho do chinês (ainda se lembram disto) junto á porta de entrada do prédio…mas junto mesmo, as mãos batiam na parede ao lado da porta e gritaria era tal que a vizinhança já estava em histeria total.
Mas isto era do mais soft que nós inventávamos.
E que tal se fossemos jogar ás escondidas??
A ideia foi recebida em euforia, e desde o primeiro dia, que após a ingestão de tanto estimulante se alguém falava disso a ideia era sempre recebida como da primeira vez…em euforia.
Desde a rua até casa todo e qualquer sitio era bom para a palhaçada.
Na rua a mesma parede do macaquinho servia agora de coito (que não o interrompido…ehehehe) e o melhor local para esconder eram mesmo os prédios em construção nas imediações.
Dentro de casa nada como um armário, por debaixo das camas, dentro de um sofá cama, do lado de fora da janela ou mesmo na banheira tudo era um sítio absolutamente fabuloso para desaparecer…pelo menos achávamos nós, e a quantidade de líquidos que circulava a grande velocidade pela nossa mona.
Foi numa das incursões pelas construções das imediações que o fedelho do grupo achou por bem espetar um prego no pé…o pior foi que com o prego trouxe também a tábua.
Hospital, bombeiros, pronto de socorro, o que é isso?
Puxa a tábua e passa água oxigenada ou mesmo álcool para desinfectar. Não há nada disso cá em casa??? Mais uma vez notasse o que é um homem a morar sozinho.
Há boatos que dizem que o perfume tem álcool, por isso decidimos confirmar…pelos gritos que ele deu, tem mesmo. Desinfectou e ficou com o pé cheiroso…ehehehe.
E como estes jogos era todo um recordar de façanhas mais ou menos infantis e juvenis e sempre ao som da música desde que amanhecia até que voltava a amanhecer…havia sempre alguém que estava acordado e a maçar os outros.
A noite de passagem de ano propriamente dita até foi calma…comparada com as outras.
Um grupo de locais que se juntou a nós e que ficou a olhara para nós como se fossemos seres de outro planeta. A grande maioria deles eram betinhos e entram numa casa onde um grupo de gente alucinada os esperava (especialmente ás moças da figueira… que no mínimo eram interessantes), uns com uma peruca, outros de viola em riste e outros já lançados para a vida.
Foram os moços munidos com uma panóplia de coisas, que alguns de nós fizeram questão de esconder para mais tarde ingerir…mas quando lá chegaram já as garrafas de vinho tinham desaparecido…houve outros de nós que tinham efectuado um segundo desvio…eheheheh.
Aquela peruca circulava de cabeça em cabeça, até que uma moça da figueira que tinha tanto de boa como de burra pergunta com o ar mais ingénuo do mundo… Esse cabelo é teu??
Nunca uma gargalhada provocou uma queda de cabelo tão rápida…mas a moça era bem boa e por isso foi perdoada….Ahahahaah.
A noite acabou tal como começou, com música, mas agora entre uma discoteca e um bar e com muita bebida e com a companhia do amigo Gregório em alguns casos…era a vidinha.
O pequeno-almoço do dia 1 foi composto de ovos mexidos (que foram mexidos sem qualquer tipo de gordura na frigideira) acompanhados de whisky (o fígado já nem estranhava) …e já não foi chita.
E passado umas horas foi o fim da viagem, o regresso a Lisboa e a necessidade de uma noite de sono de pelo menos 12 horas…depois logo se via.
E foi desde essa altura que a Figueira da Foz nunca mais foi a mesma…só com a chegada do Santana Lopes é que a coisa ainda ficou pior…ou não.
Desde essa altura, algures por mil novecentos e troca o passo que os habitantes daquele prédio da Figueira andam A Procura de… nunca mais nos ver.
Fui.






Friday, February 23, 2007

Um facto da insónia

São neste momento 04:40h e cá estou eu mais uma vez sem conseguir dormir…parece que estou ligado a electricidade.
Como já sei que para além de carneiros, vou contar pernilongos, cabras e até mesmo formigas (que são muitas) preferi vir até este jardim do éden que floresce viçoso neste mundo paralelo da blogosfera para vir partilhar com a fantástica dezena de jardineiros deste jardim uma coisa de que me lembrei e que achei podia ser bonito partilhar.
Como já nem bulas de medicamentos, manuais de instruções de telemóveis e mesmo livros de neurocirurgia me dão sono...nada resulta comigo lindinha…qualquer dia estou deitado no divã para começar a terapia..aqui vai um bocadinho de doçura para mimar alguém…
Só quem nos pertence nos completa.
E ao contrário do que é habitual nada mais tenho a acrescentar.
Vou tentar dormir e amanhã vou A Procura de…me completar.
Fui.

Thursday, February 22, 2007

Máquina do Tempo

É verdade pessoal, hoje vamos fazer uma viagem no tempo.
Este post vai ser tipo um dos episódios do Regresso ao Futuro…vamos voltar ao passado.
Vamos recuar alguns aninhos e transformar este espaço num programa infantil. Assim uma coisa tipo Fungágá da Bicharada, apresentado pelo mítico Júlio Isidro…mas em novo. Eheheheh
Quem nunca ouviu os nossos pais dizer uma coisa deste género: No meu tempo é que era bom. Quem não ouviu que levante o braço.
Ninguém como eu pensava. E qual era a resposta de todos nós?
Nada disso, hoje em dia é que é porreiro, temos mais escolha, etc, etc….
Curioso foi dar comigo no outro dia a pensar de um modo muito semelhante aquela mítica frase… quase tão mítica como o Júlio Isidro!!!!
Vamos então entrar neste espaço infantil e olhar um pouco para trás no tempo.
Vamos começar pelo princípio mesmo…pelo berço.
Hoje em dia as camas dos bebés são camas todas xpto, com protecções em toda a volta da cama…acho que algumas tem mesmo air bag…Ehehehe.
Ainda bem que assim é. Os pais ficam mais sossegaditos , especialmente se os putos forem do tipo irrequieto.
Mas quem é que não se lembra das camas quando elas eram simplesmente em ferro…muitas vezes revestidas a chumbo e pintadas com uma tinta de qualidade bem duvidosa e que nós fazíamos questão de trincar, de lamber, e de mandar umas valentes cabeçadas… o Air bag era bem rijinho….
Já que estamos a falar de Air bags, falemos de carros e do modo como nós andávamos lá dentro.
Cadeirinhas em função da idade era coisa nunca imaginada…senta o puto ai atrás e ele que não cai senão temos chatices. Coitados dos irmãos mais velhos.
Quando não havia irmãos mais velhos eram as mães que iam para o banco de trás tomar conta do catraio…tirando as vezes que os levavam ao colo no banco da frente.
O nosso automóvel vai ser a máquina do tempo para avançarmos mais um bocadinho…próxima paragem: Infância.
Aqui as aventuras automobilísticas continuavam. Air bags o que era isso??
Alguns carros nem cintos tinham. No banco de trás eram quase todos e os da frente poucas pessoas os usavam.
E era assim que nós andávamos, Sem cintos, sem airbags e numa rebaldaria completa no banco de trás…quando não retirávamos a chapeleira e a mala parecia um sítio porreiro para se viajar com todo o conforto.
Viagens no banco da frente era só mesmo quando o rei fazia anos ou desde que não houvesse mais ninguém dentro do carro.
Era mais arriscado…mas era sempre em festa.
Mas o risco no nosso crescimento esteve sempre presente. E quanto maior fosse a curiosidade maior era o risco de alguma coisa menos simpática poder acontecer.
Não havia medicamentos com tampas á prova de chavalo coscuvilheiro… e estúpido.
Os armários eram de abertura fácil e tudo servia para brincar.
Não há como um conjunto de panelas para dar uma bateria fabulosa. As baquetes eram as colheres de pau.
As mesmas que serviam muitas vezes de 1º objecto que batia no nosso corpo quando as nossas mães descobriam o estado em que o belo conjunto de panelas tinha ficado…de baterista a bateria era um saltinho.
Capacetes, joalheiras, cotoveleiras…o que era isso???
Para andar de bicicleta só precisávamos mesmo de uma bicicleta e de saber andar…depois era um arranhão aqui, uma pele que ficava no alcatrão ali e umas cabeças partidas quando o acidente era mais violento…havia obstáculos que decidiam vir contra nós. É verdade. Havia postes, paredes e afins que tinham vida própria.
O resultado era só mais uma visita ao posto médico mais próximo. Mas sem stress no dia seguinte já estávamos novamente montados em cima da nossa fiel amiga (hábito que muitos de nós preserva…mas agora com outro tipo de amiga…Eheheheheh).
Devido ao nosso frenesim constante aproveitávamos muitas vezes para beber água nas mangueiras das bombas de gasolina ou nas mangueiras de um qualquer jardim que estivesse a ser regado e acreditem uma coisa, sabia mesmo muito bem…garrafinhas para água nas bicicletas??? Objecto desconhecido.
Saímos de casa de manhã e brincávamos o dia todo, desde que estivéssemos em casa antes de escurecer.Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamosa grande velocidade pelas ruas abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos tínhamos esquecido de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado ou contra uma qualquer parede aprendíamos.
Descíamos montes com bicicletas de todo o tipo, menos as que eram adequadas para a coisa. Bicicletas de BTT era coisa rara e nunca vista naquela altura. O mínimo que poderia acontecer era um pneu furado, o máximo era conforme o declive…até doía.
Jogávamos ao elástico, as escondidas, ao 31 (versão futebolística das escondidas) e tudo durava horas. Por vezes tínhamos mesmo que acabar o jogo porque chegávamos á conclusão que havia um ou dois que se tinham ido esconder para casa…gente espertalhona. E a bola. Essa estava sempre presente. Maior ou mais pequena, de cautcho ou ranhosa, o importante era haver uma para jogar. Algumas eram tão rijas que até doíam. Mas não era por causa disso que deixávamos de jogar. Campeonatos entre ruas eram feitos, com árbitros e tudo. E havia horas marcadas, jornadas bem definidas e classificações. Havia rivalidades do tipo Sporting e Benfica, mas no fim dos jogos era tudo amigo novamente. Se não eram campeonatos de futebol, eram campeonatos de hóquei… mas sem patins. Tínhamos uma equipa que era os Rodinhas e éramos simplesmente os maiores do nosso bairro.
Caíamos das árvores (eu não, porque nunca tive jeito para a coisa…era mais do tipo rasteirinho) e por vezes lá havia algum que se desmontava todo… Consequência?? Mais uma ida ao posto de saúde para mais um curativo ou mesmo uma imobilização porque quando lá chegou descobriu que o braço estava partido… Era a vidinha. Não havia cá processos judiciais contra o dono do terreno onde a arvore estava a alegar falta de vedação.. Quem é que os mandou trepar??? Havia lutas de punhos fechados pelos motivos mais estúpidos. Outras vezes éramos capazes de passar uma tarde inteira aos empurrões e no fim já não nos lembrávamos do porque de tudo aquilo. Devem estar a pensar..que malta bem parva. Nada disso. Éramos simplesmente verdadeiros amigos..
Batíamos ás portas e tocávamos nas campainhas dos vizinhos e depois fugíamos porque tínhamos mesmo medo de sermos apanhados…era capaz de dar azar para o nosso lado.
Íamos a pé para casa dos amigos. E acreditem ou não íamos muitas vezes a pé para a escola ( era só ter o azar de perder o autocarro) ou porque simplesmente íamos passando pela casa uns dos outros e assim íamos todos juntos. Por vezes saímos sozinhos de casa e na escola o grupo já era composto por 10 crianças alegres e bem dispostas.
Nunca estávamos a espera que os nossos pais nos levassem…a malta desenrascava-se… e isto desde a primária até já sermos mais crescidinhos, tipo escola secundária.Tínhamos amigos – se os quiséssemos encontrar íamos á rua. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não havia a histeria colectiva dos nossos dias em relação ao desaparecimento de crianças.
Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos todo o tipo de refrigerantes, mas nunca engordávamos( não era bem toda a gente…eu não era exemplo desta afirmação) porque estávamos sempre a brincar lá fora.
Férias eram mesmo férias. Era sair de manhã, voltar para almoçar e tornar a sair de imediato para só voltar a tempo de estarmos prontos para jantar…havia dias onde até de noite a pândega continuava. Mas no dia seguinte lá estávamos novamente de manhã cedo prontos para a rambóia.Não tínhamos PlayStation, X Box. Nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, Chat na Internet.
Algumas destas coisas já apareceram no meio e no final da nossa adolescência… mas a malta inventava o suficiente para não entrar em monotonia.
Se infringíssemos a lei era impensável osnossos pais nos safarem, eles estavam do lado da lei…nem sempre. Principal crime cometido por este bando de meliantes…invasão de propriedade pública. Afinal aquela Escola Primária era o único espaço decente para jogar a bola e não só…e estava sempre fechada. A solução era saltar a vedação…e quando a policia aparecia era cada um por si e a ver quem corria e saltava vedações mais depressa… aconteceu ficarem uns para trás…era a vidinha. Mas sem stress, no dia seguinte lá estávamos nós novamente…a saltar a vedação…Ehehehe.
Quem cresceu ao longo dos anos 80 e 90 viu este mundo mudar de forma fantástica.
Tivemos o privilégio de ver o 1º Live Aid e ao aparecimento de mitos como os U2, Madona e Pearl Jam…entre outros. Também tivemos azar de papar coisas como O Rick Astley e as Bananarama. Tivemos um misto de prazer e horror com a grande Samantha Fox e a Sabrina. Prazer de as ver, medo de as ouvir…mas o 1º superava em larga escala o 2º…Eheheheh.
Assistimos a queda do Muro de Berlim que representou o princípio do fim do Regime Comunista da Ex- URSS…só ainda não tivemos a mesma sorte em Cuba.
Lamentavelmente tivemos conhecimento dos primeiros casos de SIDA. Em Portugal terá sido mesmo o António Variações?
Tivemos música em Vinil e cassete…hoje temos o CD e o MP3.
Assistimos á evolução do mutante humano. Quem é? Não se está mesmo a ver…Michael Jackson. Quando começou era preto, hoje é mais branco que eu…Eheheheh.
Tivemos televisões a preto e branco…a Gabriela foi vista desse modo.
Foi por termos crescido deste modo, por nada ser um obstáculo para nós, que foi graças a esta geração que cresceu dos anos 70 a 90 que temos a panóplia de coisas de que hoje dispormos.
A vida sem um computador, sem televisão, sem um MP3, etc, etc, hoje já não faz muito sentido…são quase bens de 1ª necessidade. Acho que temos todos que agradecer a uma ou duas gerações de desenrascados os mimos que temos hoje.
Esta post já está gigante. È de certeza o maior que alguma vez irei escrever, mas foi com um enorme prazer que entrei no baú de recordações e estive A Procura de…coisas boas do tempo de jovem inconsciente.Fui.

Dia do Enterro

Pois é rapaziada, termina hoje a época do Carnaval.
E o que melhor poderia acontecer para pôr fim a uma época tão deprimente?
Nada mais nada menos que o Enterro do Carnaval.
Só que lamentavelmente não é só o Carnaval que vai a enterrar. Segundo os últimos dados da Brigada de Trânsito da GNR temos a lamentar mais 10 mortos nas estradas portuguesas…o Carnaval vai a enterrar mas infelizmente são também mais 10 pessoas que o acompanham.
Possivelmente podem vir a ser mais, pois estes são somente as vítimas registadas na altura dos acidentes. Alguns feridos graves não resistem á gravidade da situação e esses já não entram nas estatísticas dos mortos.
Mais uma vez as estradas portuguesas transformaram-se num pequeno cemitério…será que isto vai acabar algum dia?
Dizem que a maior invenção de todos os tempos foi a roda. Se pensarmos bem, chegamos á efectiva conclusão de que isso é verdade.
No entanto quando se juntam 4 rodas, chapa, motor, um volante que curiosamente também tem a forma de roda, e um português no comando das operações, a roda deixou de ser o maior invenção de todos os tempos, e passou a ser a arma mais letal.
A relação dos portugueses com a prática da condução é uma coisa muito difícil de explicar.
Quem andar diariamente a conduzir arrepia-se certamente com a quantidade de alarvidades que são cometidas com um volante das mãos.
Desde o desrespeito total pelos peões (o nº de atropelamentos é revelador disto mesmo), ao desrespeito pelas regras mais básicas de condução, tudo acontece neste bocadinho de terra a beira-mar plantado.
Os resultados das diversas operações que ano após ano se realizam são medonhos…é uma autêntica guerra civil.
As causas são normalmente as mesmas de sempre. Ou é o excesso de velocidade, ou o excesso de álcool, ou a prática de manobras perigosas.
Este é normalmente o pódio das causas do número brutal de acidentes que ano após ano acontecem nas nossas estradas…o nº de mortos e feridos também é revelador disso mesmo.
É minha opinião que as grandes causas pelos números horrendos que nos passam a frente dos olhos são consequência directa de 3 simples coisa. Falta de educação, falta de bom senso e muita falta de civismo.
Os portugueses quando estão com um volante nas mãos ficam transformados…ou será melhor dizer, transtornados!
Perdem toda a noção de razoabilidade e de bom senso que eventualmente tenham.
Toda a situação é pretexto para eles se passarem de todo e tomarem as atitudes mais descabidas e assassinas… com os resultados que se conhecem.
Piso seco e piso molhado é igual… condução defensiva, o que é isso?
Água e vodka, qual é a diferença?? A cor até é a mesma.
Traço contínuo ou descontinuo…tanto faz. Estou com pressa e tenho que ultrapassar. Os que vem em sentido contrário que se desviem.
E poderia estar aqui a dar exemplos até amanhã. Mas para quê?
A resposta será sempre a mesma…. Falta de educação e de respeito pelas mais elementares regras de civismo e de bom senso.
Consequência….uma autêntica guerra civil nas estradas portuguesas.
É uma luta que deve ter a vertente pedagógica (e muito intensa) e a vertente coerciva e punitiva (bem forte) de modo a que pelo menos se reduza o nº de acompanhantes do Entrudo nesta data.
Por todas as razões e mais algumas vamos andar A Procura de… enterrar apenas o Carnaval.
Fui.

Tuesday, February 20, 2007

Questões & Afirmações

Hello foliões…
Bem vindos ao cortejo mais profundamente lamentável e vergonhoso da blogosfera.
Se vieram participar neste corso é porque vocês são sem dúvida nenhuma os carnavalescos mais loucos do mundo…Parece exagerado!!
Pronto os mais loucos do pais. Ainda não.
Da cidade pode ser? Também não.
Da paróquia?
Ok, já percebi. São os carnavalescos mais loucos de vossa casa…em especial os que moram sozinhos…Eheheeh.
Este post vai servir para apresentar mais um espaço que vai nascer neste Blog.
Tal como tudo o resto que se passa neste Bordel, será também ele um espaço fantasticamente deprimente e que espero que cresça qual erva daninha.
O espaço vai ter o nome bem pomposo de….RUFAM OS TAMBORES…
Questões & Afirmações
Olha que coincidência. É igual ao título deste post…há coisas que são mesmo do acaso.
Neste espaço vão surgir Afirmações que podem ser polémicas, ou simplesmente estúpidas.
Vão aparecer Questões cuja pertinência vos vai deixar não só boquiabertos mas também com dúvidas, quiçá existenciais… ou não.
E para inaugurar este espaço, para cortar a fita da sanidade e aproveitando o facto de ser Carnaval e ninguém levar a mal, fica uma questão que lança dúvidas em toda a comunidade cientifica.
È uma questão não só cientifica mas com uma grande sentido de ética e moral…
Estão preparados?
Aqui vai ela…e a frio:
Uma pessoa que tenha relações sexuais com o seu próprio clone, pratica incesto, é homossexual, está a masturbar-se ou fodeu-se?
Perturbante!!!
Mas fiquem atentos, pois a qualquer momento podem estar A Procure de.. respostas para as futuras Questões & Afirmações.
Fui.

É Carnaval

A vida são dois dias e o Carnaval são três…
È uma frase bem antiga e que é possivelmente a que melhor caracteriza o Carnaval por terras lusitanas.
Este post é especialmente dedicado aos mascarados e foliões carnavalescos.
Confesso que nunca fui um particular adepto desta época.
O Carnaval e toda a envolvencia que ele tem nunca me cativaram nada por ai além… nem mesmo quando era petiz.
Devem de estar neste momento a pensar… Deves ser uma pessoa muito pouco alegre. Ou então, qualquer coisa do género…Que pessoa mais deprimente.
Nada disso…Ao fim de muito anos descobri o porquê de eu e o Entrudo não termos uma empatia especial um pelo outro.
No Carnaval a malta mais dedicada a causa mascara-se de qualquer coisa que eventualmente gostaria de ter sido…e o imaginário das pessoas é mesmo muito vasto.
Ora aqui está uma coisa que eu não gosto…máscaras. Mas de qualquer tipo de máscaras, em especial as máscaras que as pessoas vestem para desempenhar o papel de uma outra personagem que não a sua, e que em grande parte dos casos é muito fraquinha.
Por outro lado o conceito de folia que existe nesta altura. Parece uma data marcada na agenda onde todos tem que estar bem dispostos, entrar numa loucura desenfreada e não levar nada a mal…porque é Carnaval. O tanas.
Eu quando quero folia vou. Não preciso que me marquem datas precisas na minha agenda para eu me divertir…a minha agenda é a vontade e a espontaneidade.
Outra coisa que me faz muita confusão são os pseudo carnavais brasileiros que andam espalhados por esse pais fora.
Será que não repararam que está no mínimo fresco para andar com tão pouca roupa. Não que me desagrade bem pelo contrário… o fresco até faz com que algumas partes arrebitem e estejam sempre firmes e hirtas…eheheh.
Depois não temos o ritmo e o gingar dos brasileiros… bem podem abanar a anca, mexer o quadril e soltar a franga que a qualidade do sambar é muito fraquinha. Até tem melhorado um pouco, mas é por causa da comunidade brasileira que reside em terras lusitanas.
Façam como a malta de Torres Vedras, como a malta da Nazaré e façam um Carnaval tipicamente português. Com os famosos cabeçudos, com as matrafonas (as desculpas que muitos homens arranjam para sair do armário) e com todos os outros enfeites mais os menos ridículos que proliferam nesta altura.
Ainda não sei como é que a malta de Cascais e da Quinta do Lago não decidiram fazer um Carnaval á moda de Veneza…afinal é uma coisa chique.
Carnaval, Carnaval é no Brasil. O maior do mundo é no Rio de Janeiro.
E como diz a música o Rio de Janeiro continua lindo…e nesta altura do ano vira a loucura total.
Aquilo sim é festa. Aquilo sim é sambar…é Rio, é Brasil.
A cidade maravilhosa, como alguém um dia a baptizou, entra em delírio colectivo e deve ser difícil não ficar contagiado com uma festa tão magnânima.
Nem tudo tem que ter um mas, mas aqui tem.
Continuará o Rio a ser a cidade maravilhosa?
Será que hoje em dia o carioca mandrião e boa vida, não deu lugar aos bandidos que proliferam por lá?
Será que o deslumbre provocado pelo Cristo Redentor e pelo Pão de Açúcar, não foi substituído pela angústia de favelas gigantescas como a da Rocinha?
Será que o prazer pela praia, pelo calor, pela bela da caipirinha, por um passeio no calçadão não foi substituído pelo medo e pelo pavor de um assalto violento?
Era o Rio das primeiras coisas que eu gostava de visitar e de desfrutar.
Era o Rio, cidade maravilhosa e que continua linda que eu gostava de visitar.
Era o Rio que um dia foi pintado numa Aguarela que qualquer um de nós gostaria de saborear…ao som de um samba e acompanhado por uma bela caipirinha.
Desfrutem agora dessa aguarela que um dia Walt Disney “pintou”…


Nestes três dias de folia agendada anda por ai muita gente A Procura de...mascarar alguma coisa.
Fui.

Monday, February 19, 2007

Encontrar

Pois é caríssimos frequentadores deste magnifico mas também deprimente espaço literário que tem vindo aos poucos e poucos a crescer na blogosfera (para grande pena dela), cá estou eu para mais um momento de rara beleza.
Caso ainda não tenham reparado, o nome deste blog é A Procura de…
E normalmente quando procuramos alguma coisa, temos como objectivo final encontra-la… dedução brilhante.
Mas o Encontrar de que eu vou tentar falar neste piqueno texto é mais um encontrar interior, mas que tem manifestações bastante óbvias no exterior.
È um Encontrar de emoções, de sentimentos, de amores e desamores e o modo como devemos tentar abraçar ou superar o que resulta desse Encontrar.
Quando amamos alguém devemos amar essa pessoa de modo incondicional. No entanto não devemos amar essa pessoa apenas e só por aquilo que ela é, mas também por aquilo que somos quando estamos com ela.
Com isto quero dizer que apesar do amor ser incondicional não devemos nunca perder a nossa identidade e que devemos gostar de nós próprios quando estamos com essa pessoa…infelizmente muitas vezes não é assim.
Cabe a cada um saber o que é mais importante. Se mudar em função de alguém, ou nunca perder a sua identidade e ser simplesmente ele próprio quando está com quem ama, simplesmente porque essa pessoa gosta de nós tal como somos e não de um eventual personagem.
Nesses casos podemos dizer que aquela é a pior forma de acharmos alguém estranho.
Confuso???
Não. Bem simples.
Como não somos nós próprios, podemos estar com essa pessoa mas não a temos. Essa pessoa está com a personagem que nós idealizamos para estar com ela…com o boneco insuflável, por assim dizer. Eheheheh.
Por isso o melhor mesmo é sermos sempre nós. E se alguém que amas não gosta do teu verdadeiro ser, então o melhor é não passares mais tempo com essa pessoa, pois ela não parece estar disposta a passa-lo com o teu verdadeiro Eu.
Nesse momento não chores porque tudo acabou, sorri porque aconteceu…e ainda bem.
Essa pessoa não merece as tuas lágrimas, pois se as merecesse nunca te faria chorar, e teria aceite o teu verdadeiro Ser e não a personagem que tu representavas só para a agradar.
Apesar de tudo temos sempre a hipótese de encarar as coisas de um modo menos dramático, e por isso é muito importante nunca deixar de sorrir.
Podemos estar tristes, mas temos e devemos sorrir porque nunca sabemos se ao virar de uma esquina está a tal pessoa que se vai enamorar pelo teu verdadeiro sorriso.
Depois de representares a personagem, assenta os pés na terra e redirecciona o teu modo de agir…torna-o verdadeiro.
Procura saber quem efectivamente és para quando voltares a conhecer alguém essa pessoa saiba quem tu és na realidade.
Mas não só no amor nós procuramos Encontrar algo.
Também na amizade isso acontece. E quando a amizade se começa a misturar com o amor…ou será o contrário?
Não interessa, misturasse. Mas por vezes essa mistela de sentimentos, essa confusão de emoções despoleta somente numa das partes.
Nesse momento pode acontecer que fiquemos aborrecidos (afinal é uma coisa chata…digo eu). Temos no entanto que olhar para essa pessoa como alguém que apesar de não amar o outro no sentido romântico do termo, pode ama-lo com todo o seu ser… é no entanto um amor diferente do que é esperado e desejado.
Esse sentimento que é nutrido é a amizade…que é um sentimento lindo.
E como é que sabes que alguém é teu amigo? Quando uma pessoa te toca o coração.
E aqui no sentido exactamente oposto do que acontecia há pouco. Toca-te mas não no sentido romântico. È amor em sentido diferenciado mas não só.
Todos nós já nos desiludimos com pessoas ao longo da nossa vida. Esta é uma situação que lamentamos profundamente, pois houve alguém em quem confiávamos que por um qualquer motivo perdeu o capital de confiança que nós depositávamos nela.
No entanto outras pessoas não podem “pagar” por esses erros. È exactamente por isso que devemos continuar a confiar naqueles que achamos dever confiar…temos é que só ter o cuidado de ver a quem damos uma eventual segunda hipótese.
È por este rol de situações, de sentimentos contraditórios que são parte integrante da vida de todos nós que é bom que conheçamos muitas pessoas, e se calhar muitas pessoas erradas antes de encontrarmos a pessoa certa.
Seja no Amor, e dai para a frente o Amor será eterno…pelo menos enquanto durar.
Seja na amizade, onde podemos ter acabado de juntar mais alguém ao grupo daquele em quem podemos confiar e com quem podemos contar.
È por termos muitas vezes as expectativas altas e depois as desilusões serem fortes que nos esforçamos demasiado na procura de alguém para sarar as feridas que entretanto ficaram abertas… as melhores coisas acontecem muitas vezes quando menos estamos a espera.
E quando menos estamos a espera pode acontecer aquilo que nos leva as emoções ao topo do Evareste e se a resposta é no mesmo sentido ficamos com o sentimento de que deixamos de ser apenas uma pessoa no mundo, para passarmos a ser o mundo para alguém…
Esta mistura de sentimentos, de amores e desamores, de tristezas e de amarguras é o que faz que vamos crescendo e fortalecendo o nosso verdadeiro Ser.
E se assim é devemos estar sempre prontos, quando alguém sai do labirinto e vem A Procura de… encontrar o teu EU verdadeiro.
Fui.

Saturday, February 17, 2007

Uma Questão de Atitude

Pois é malta, quando nós menos esperamos a vida dá uma volta que nos deixa todos trocados.
Por vezes damos demasiada importância a algumas coisas que fazem parte da nossa vida.
No entanto todos devíamos ter consciência de uma coisa… a vida é demasiado curta e nós temos mesmo que aproveita-la ao máximo.
Mas nem todos olham a vida deste modo, e somente quando algo de menos agradável acontece é que começamos a olhar para tudo aquilo que nos rodeia de um modo bem diferente.
Vocês devem de estar a perguntar o porquê desta conversa… Ai não estão!!
Sem problema, eu respondo na mesma.
Este post vai inteiramente para uma menina que marcou um capítulo da minha ainda curta existência.
Curta sim. Há alguma dúvida em relação a isso??
Foi o que eu pensei.
A minha existência somente tem, deixa cá ver, digamos, tirando o prólogo e o epilogo (que ainda está muito longe), serão então, e para ser preciso, exactamente esses.
E alguém que ocupa um capítulo da nossa vida, marcando-a de forma tão intensa, faz com que fiquemos preocupados quando recebemos noticias menos abonatórias.
Foi exactamente isso que aconteceu quando soube que uma das personagens principais desse capítulo tinha sido internada com um problema de saúde repentino que inspirava cuidados.
Um liquido estranho que circulava na moleirinha e que o organismo não conseguia drenar (ao contrário daquilo que acontece com os comuns mortais), tinha lhe causado convulsões que poderiam ter tido consequências eventualmente dramáticas caso não tivesse havido a sorte de ela estar no Hospital e de actuação dos médicos ter sido célere.
Tudo isto para se constatar que o que tinha despoletado a situação foram níveis de stress muito elevados e eventualmente uma estrutura emocional um tanto desregulada.
Stress elevado?? Como é possível?? Ela só tinha / tem 5 empregos…SÒ.
Não dá para perceber como é que alguém tem stress com um ritmo de vida destes.
A juntar a isto (e agora sou eu que o digo) mora junto ao fim do mundo… a 1 km fica o abismo onde tudo acaba e onde nada se passa.
Querem saber onde é??? Onde é que havia de ser…ai mesmo.
A profissão desempenha um papel muito importante na vida de todos nós (pelo menos dos que gostam de trabalhar). Muitas vezes parte da nossa realização pessoal vem daquilo que conseguimos realizar no desempenho da nossa profissão. Mas será isto o mais importante?
Se colocarmos isto num dos pratos de uma balança e o resto das coisas que deixamos de fazer por causa dela no outro prato, para que prato é que a balança deveria pender??
Não sabem? Estão na dúvida?
Pois eu já sei, e muito bem.
Como ainda não tive a suprema felicidade de ser um dos contemplados com o Euro milhões, tenho que trabalhar (e até confesso que a maioria das vezes não me importo)…mas isto é só uma parte do meu tempo, da minha vida. Faz parte da minha vida, não é a minha vida.
Existem outras coisas muito mais importantes do que o trabalho e do que o dinheiro que recebemos em função dele.
Não há nada melhor que desfrutar da companhia daqueles que nos são mais queridos, sejam eles família ou amigos.
Não há nada melhor que desfrutar da companhia de pessoas bem disposta num jantar bem regado com uma boa pinga.
Não há nada melhor que termos os nossos escapes para relaxarmos depois de dias de trabalho intensos.
Não há nada melhor do que ouvir uma boa música para exorcizarmos os nossos piquenos diabos que vão crescendo até se transformarem numa coisa chamada Stress.
Não há nada melhor que partilharmos um bom DVD ou um cineminha mesmo, com a pessoa que amamos… e como diria o Paulo Bento, com tranquilidade.
Não há nada melhor que um programa completo com quem nós gostamos de partilhar e desfrutar (não perder ou gastar) tempo. Desde que haja alegria, diversão, cumplicidades, e se possível alguma libertação de toxinas e de feromonimos (???) …Eheheheeh.
Se não olhamos para além do que a nossa vista alcança o nosso organismo reage e acaba por estoirar por algum lado. No caso dela estoirou na moleirinha.
De hoje em diante ela vai ter que se consciencializar de que o ritmo vai ter que reduzir drasticamente. Que vai ter que se realizar não só profissionalmente mas ter também outro tipo de actividades que lhe possibilitem entrar em muito mais páginas da vida das pessoas que a rodeiam e que gostam dela.
Entrar em depressão, em angústia ou mesmo em revolta pelo que aconteceu não é solução.
È tudo uma questão de atitude…positiva.
Só assim esta menina vai conseguir ultrapassar esta coisa menos boa que lhe aconteceu.
Encarar esta situação com positividade e um sorriso é o melhor que ela pode fazer e não se deve esquecer nunca de que uma coisa má serve para nos aproximar de pelo menos uma coisa boa.
Acho que esta menina vai andar A Procura de…ssas coisas boas.
Fui.

Friday, February 16, 2007

Qual o Significado???

Hello again,
Depois de um período onde a imaginação não proliferou, acho que o meu poder de criação está a voltar aos seus bons velhos tempos…para grande pena do resto da população desta grande favela que é a blogosfera.
Os últimos post’s tiveram um enfoque muito especial em assuntos do coração… nas emoções que nos prendem e que nos arrebatam ou nos destroçam.
Será que isso tem algum significado em particular?
Será que isso é sinal de alguma coisa?
Não, dirão os mais distraídos. Talvez, os mais indiferentes. Sim, dirão os mais atentos.
Mas qual será esse significado?
No outro dia por curiosidade entrei no site da Rádio Comercial e decidi fazer uns testes que lá estavam.
Estava a faze-los em simultâneo com uma amiga, via msn.
Decidi depois voltar a fazer os mesmos testes, mas desta vez com mais atenção do que a primeira.
E hoje decidi partilhar os resultados desses testes com a minha fantástica plateia, que neste momento histórico atingiu a dezena de pessoas.
Hoje uma dezena, amanhã uma centena, no próximo mês o milhar…depois o mundo.
Depois de me ter esbofeteado e de ter voltado a por os pés em terra firme, vamos voltar aos testes.
Os testes eram compostos de perguntas muito fáceis…básicas mesmo, e com elas identificar a pessoa com determinado tipo de personagem, lugar ou animal…Joca. Parece o Trivial Persuit mas não é.
A 1ª pergunta era a seguinte: Que cena romântica de um filme é você?
Ora bem, eu sou nem mais nem menos o seguinte: é... a cena dos cartazes em “Love Actually” ( fotografia no topo do post): Você é criativo até na maneira de proclamar o seu amor e está sempre a pensar em novas maneiras de surpreender. É também alguém que consegue apreciar o amor por si só e não necessariamente por ser correspondido.
Até que ponto é que isto é verdade?
Quem me conhece bem consegue facilmente responder a esta pergunta.
Agora a última parte de apreciar o amor por si só e não necessariamente por ser correspondido não me parece que seja verdadeira.
Qual é a piada?
È antes de mais nada profundamente angustiante e deprimente este tipo de sensação.
Agora apreciar o Amor numa perspectiva de conquista…isso já é outra história bem diferente.
Quem viu este filme consegue facilmente identificar-se numa das inúmeras histórias de amor em que o filme é fértil…histórias entre pessoas tão diferentes mas ao mesmo tempo tão iguais a todos nós. Para quem não viu o filme em questão, veja…é bem catita.
A 2ª pergunta era: Uma Série de TV mítica, qual seria?
Rufam os tambores a ansiar a resposta…e ela é: Você é um O Justiceiro: Você tem a mania que é muito cool...mas por vezes fica-se pela mania. Pode haver quem o considere foleiro, mas no fundo é porque não compreendem o seu sentido estético. Você gosta de salvar o dia, mas admita lá: é porque adora a atenção,não é?
Kit vem mi buscar…quem não se lembra disto? Possivelmente muita gente.
Mas só tenho a fazer 2 comentários: Em 1º lugar eu não tenho a mania, eu sou mesmo coll ( Eheheheh). E em 2º lugar eu tenho efectivamente sentido estético… e não admito que descordem.
Quanto a atenção…não sejamos hipócritas, todos gostamos.
Para a 3ª pergunta não tenho palavras. Cá vai a frio.
Se fosse uma frase de engate qual seria?
Você é “Estou a lutar desesperadamente contra o impulso de fazer de ti a mulher mais feliz do mundo, esta noite”: você é aquilo que pode ser considerada uma pessoa fofinha.... A melhor técnica de engate é ser simpático para o seu “alvo” e estar disposto a conversar.
Não vou fazer comentários sob uma eventual veracidade da técnica, porque para começar nem vou comentar a frase…pelo amor de Deus.
A 4ª pergunta é do tipo alimentícia, por assim dizer.
Se fosse um petisco de comer a beira-mar, qual seria?
A resposta é muito simples. Alguém adivinhou??
Você é o belo do Marisco: Você tem gostos requintados. Gosta da boa vida, mas sempre com categoria. O dinheiro não compra a felicidade, mas compra uns miminhos muito apreciados.
Se não adivinharam não merecem o ar que respiram. Não se estava mesmo a ver…requinte, boa vida, categoria. Esta é a trilogia do reino de Joca..Eheheh.
Agora é que vão ser elas. A 5ª pergunta revela por assim dizer, o lado gaja que há em cada um de nós…Somos umas malucas, umas doidas.
Se fosse uma personagem do Sexo e a Cidade, qual seria?
Eu seria a Carrie. Sabem quem é??
Você até é muito descontraído e divertido, mas no que diz respeito às relações gosta de sentir compromisso e seriedade. Ainda pensa muito no passado e isso impede-o de andar para a frente. É inteligente mas deixa-se levar pelo coração.
Esta versão adaptada é quase uma verdade La Palisiana…mas avancemos para a próxima etapa.
E a seguinte era: Se fosse uma selecção de futebol presente no Mundial, qual seria?
Mas havia dúvidas…PORTUGAL é claro. E porquê?
Você até tem um certo jeito, e de vez em quando faz um brilharete; mas geralmente anda um bocado à nora. A organização não é o seu forte, você confia em absoluto no instinto. Você é pão-pão queijo-queijo: tudo ou nada! Acha sempre que vai conseguir ter tudo, mas, aqui entre nós, ou fica lá muito perto ou dá uma monumental barraca
Ora quem me conhece sabe que isto não sou mesmo nada eu. Organização é sem qualquer modéstia ponto forte. Instinto…tem dias.
Meias medidas é um conceito muito duvidoso…mas por vezes temos que ser políticos.
E tal como nas coisas boas, também o disparate é de altíssimo nível…dai a monumental barraca.
Esta também já está. Vamos seguir para Bingo, e vamos voltar aos assuntos da carne e do coração. E recomeça assim:
Qual o seu sítio ideal para praticar o amor?
Será uma cama?? Um sofá?? O chão?? A bancada da cozinha?? NÃO.
No Elevador: apreciador da chamada rapidinha, gosta do desafio de fingir que nada se passou. É capaz de ficar com o ar mais normal do mundo se quase descoberto depois de um momento mais quente. É grande fã do “aqui e agora”… quando o calor aperta não há nada que me pare.
Abre as pernas coração que lá vou eu…Ahahahahah.
Para não perder o balanço cá vai mais uma: Como são realmente os seu beijos?
E se alguma duvida ainda eventualmente houvesse aqui vai a resposta.
seus beijos ficam para a História dos “beijados” por serem diferentes e talvez mesmo inovadores. Os seus beijos reflectem uma imagem de marca muito apreciada.
A classe, o glamour, o requinte e a qualidade são a imagem de marca.
E na próxima pergunta-se que tipo de cara-metade sou eu?
Você é uma cara-metade Ciumenta: O sua companheira é pertença sua e só sua. Você reage muito mal quando a sua cara-metade sorri a alguém do sexo oposto, mesmo que o esteja a fazer por simples cortesia. Na praia, preocupa-se mais em fazer de cão-de-guarda do que em apanhar banhos de sol.
È meu e só meu até ao fim…e não abro mão. Se se aproximarem eu mordo. JÀ FICAM AVISADOS.
Mas as coisas já mudam de figura quando perguntam que tipo de “ex” sou eu… a resposta é: Você é um Ex Colorido: a relação acabou, mas você “passou à reserva”. Isto quer dizer que sempre que os dois “ex” estão para aí virados, a coisa compõem-se – mas momentaneamente e sem compromisso. Como diria a canção, você é “o amor da horas vagas”, um eterno plano de backup para quando o resto falha. Nunca deixará o seu papel de Ex – o que não quer dizer que não aprecie recordar os bons velhos tempos.
Os amigos devem estar sempre disponíveis…é esse o meu lema.Eheheeh.
E se eu fosse uma prenda clássica do dia dos namorados, qual é que eu seria?
Eu seria umas Flores: Você é uma pessoa que aprecia as coisas simples e da vida e à qual agradam os pequenos pormenores do quotidiano de uma relação. É alguém delicado, atencioso e descomplicado.
A juntar á classe, glamour, requinte e charme…a simplicidade.
Em suma a perfeição…ou não.
Para acabar esta parte dedicada a coisas do coração perguntavam: Se fosse uma Música Romântica, qual seria?
E a resposta é no mínimo surpreendente: Você é “Jardins Proibidos” de Paulo Gonzo: você é perito em mergulhar de cabeça numa relação para se perder de amores. Adora explorar o lado lunar da pessoa amada e conhecer todos os seus segredos.
E não é que isto é mesmo verdade. Mais uma vez o conceito de meias medidas não existe. Ou é ou não é. Apreciem-me nesta versão de Rogério Gil ( foi a menos má que encontrei)...Eheheheh

Agora vamos entrar numa fase onde as músicas vagueiam pelo universo musical. E comecemos por uma parte bem deprimente desse universo.
Se fosse uma música de José Cid, qual seria?
Você é Como O Macaco Gosta De Banana: Você tem um espírito altamente brincalhão e galhofeiro – que para algumas pessoas em seu redor chega a ser abusivo. Gosta de abanar o sistema e não tem qualquer pudor em criar alguma polémica em seu redor. Preocupa-o mais a banalidade do que a incompreensão.
Quem acha o humor abusivo é como esta parte do universo musical…deprimente.
È como um espelho a reflectir uma imagem.
E se eu fosse um Hit dos anos 80, qual seria?
Você é "Take On Me" dos A-Ha (1985):O seu lema é o de nunca perder a sua pose sempre muito cool. Gosta de impor respeito naqueles que o rodeiam e é capaz daqueles olhares que congelam (no bom ou no mau sentido) o seu alvo. De espírito prático mas por vezes demasiado durão.
OS olhares que congelam são um dos meu muitos poderes ocultos.
Olhem como eu era nos loucos anos oitenta.

Mas vamos avançar no tempo… e um Hit dos anos 90?
Você é “74-75” dos Connells (1993): Você é nostálgico e gosta de perder longas horas a suspirar que “antes é que era bom”. Entre amigos, gosta mais de recordar bons momentos do que planear novos projectos. Junto dos mais novos, é capaz de passar horas a dar-lhes palestras sobre o antigamente.
Ora aqui está um falhanço redondo. Todos nós temos momentos de nostalgia. Mas dai a ser nostálgico vai um longo caminho.
A única verdade nisto tudo é o facto de eu gostar da música…o resto são tretas.
Olhem para mim no fim do século passado:

E para terminar que o post já vai longuuuiiissssiiiimo, a última pergunta.
Se fosse uma trilogia de cinema, qual seria?
E a fantástica resposta é nem mais nem menos que: Você é Regresso Ao Futuro: A sua vida é uma confusão que até você tem dificuldade em compreender. Raramente sabe a quantas anda, mas é dotado por um espírito de desenrasque notável.
A confusão, o caos são parte integrante da minha existência…mas está sempre tudo debaixo do chapéu (mesmo quando há um furacão dentro da minha mona).
Depois de tudo isto, já haverá resposta para o título deste Post?
Tenho a leve sensação de que ainda vamos andar A Procura de… descobrir, ou redescobrir a resposta.
Fui.

Thursday, February 15, 2007

O Dia que Findou

Hello homens, mulheres, crianças e quiçá pessoas em geral…
È com agrado que constato que este espaço profundamente vergonhoso está a ser frequentado por novas pessoas, que tal como aqueles que por aqui vão passando, devem elas também ser pessoas muito pouco interessantes…se fossem interessantes, andavam a vaguear por espaços com o mínimo de qualidade e decência.
Mas a gerência desta vergonha de Bordel agradece.
È verdade, há duas horas atrás acabou o Dia dos Namorados.
Mas não vos parece que este dia é assim tipo Natal…é quando um homem quiser.
Bem não só um homem mas uma mulher também. E acrescentei mulher sem fazer qualquer descriminação a casais mais alternativos. E todos nós sabemos que o amor entre mulheres é uma coisa linda de se ver.
Neste dia, the love is in the air, e é ver toda uma população de casalinhos a celebrar e a fazer o amor.
È bom sentir que temos a nosso lado alguém especial, alguém por quem fazemos qualquer coisa de modo incondicional.
No entanto muitas pessoas há que por um qualquer motivo não tem esse prazer, esse privilégio….olhem paciência, para o ano pode ser que a coisa corra melhor.
Assim e em homenagem ao dia que acabou, mas em especial, em homenagem ao Amor, aqui vai mais um devaneio da minha pessoa.
Curioso é que estes devaneios normalmente aparecem em duas situações. Ou quando estou relativamente deprimido ou quando o amor anda no ar…ou quando as duas se juntam…Eheheheh,
Mas peço já uma coisa. Não vale a pena pensarem em coisas dramáticas no fim deste devaneio. È só um texto, e vocês tem a possibilidade de nunca mais olhar para ele.
Cá vai disto:
Nunca te quero desapontar nem deixar mal,
Nunca me quero sentir culpado ou sujeito a julgamentos de desaprovação,
Nunca quero ver o fim…só quero recordar o inicio.
Quero recordar quando de ti vi ceder e soube que tinha ganho,
O momento onde agarrei o que era meu por um qualquer direito eterno,
O momento onde as nossas almas se arrastaram pela noite dentro.
Nunca quero dizer que pode ser o fim… e não ter regresso.
Só quero dizer que estou aqui para ti…se quiseres.
Quero que me toques a alma como me tocas no coração,
Por ti mudo a minha vida e todas as minhas metas,
O amor é cego e eu soube disso, quando o meu coração cegou por ti.
Quero beijar os teu lábios e acariciar o teu corpo,
Partilhar os teus sonhos e a tua cama,
Quero saber quando estás bem e sentir o teu cheiro…
Quero que o meu vício sejas tu.
Eu sou um sonhador, mas quando eu acordar não posso quebrar esse meu espírito (pois são os sonhos que se vão) …
E se por acaso negares, lembra-te de mim,
Lembra-te de nós e daquilo que poderíamos ter sido.
Quero ver-te chorar e sorrir,
Quero-te ver dormir durante um bocado,
Quero ser o pai dos teu filhos…quero passar a minha vida contigo.
Quero saber os teus medos e quero que saibas os meus,
Quero que tenhamos as nossas dúvidas e que depois fiquemos bem…
Porque eu Amo-te, e juro que isso é verdade.
Eu não posso viver sem ti.
Quero apertar a tua mão na minha, mesmo quando estiveres a dormir.
Mas se um dia tudo acabar,
Eu vou-te recordar no tempo, e vou-me sentir vazio…
Mas para tudo acabar é preciso começar…

Depois deste momento de rara beleza, e de inolvidável doçura, as pessoas que se estiverem a sentir mal podem sair e ir a casa de banho vomitar.
Se a vossa angústia é ainda mais forte e estão a pensar em medidas extremas, relembro que isto é apenas um texto e que podem nunca mais olhar para ele.
Se mesmo assim, a leitura deste devaneio foi forte de mais para vocês, e o trauma dai resultante demasiado forte, recomendo que cortem os pulsos ou mesmo a jugular. Saltar do alto da Torre Vasco da Gama também deve dar resultado e pode proporcionar-vos os vossos 10 minutos de fama… ou então 2 ou 3 minutos de fama, que é o tempo que demora uma noticia deste género…a não ser que seja a TVI, ai já garanto pelo menos 30 minutos de fama.
Depois de mais um devaneio, onde se comprova a cada dia que passa que a minha moleirinha está definitivamente a caminho do abismo, posso afirmar que todos andam A Procura de… partilhar sentimentos e emoções.
Fui.

Wednesday, February 14, 2007

Conto de Natal

Olá clientes do bordel mais fantasticamente deprimente da blogosfera.
Pelo título deste post devem de estar a pensar que foi desta…
Foi desta que ele perdeu a réstia de sanidade de que ainda dispunha e que neste momento já entrou em outra dimensão.
Mas não, ainda não foi isso que aconteceu. E digo ainda porque apesar de o meu cérebro estar prestes a dar um grande nó cego, ele ainda não entrou em colapso…
Não falta muito, mas ainda tenho uma leve réstia de esperança que me posso salvar a tempo de ter que frequentar um sofá em posição horizontal.
Mas adiante…
Mas porquê um conto de natal quando estamos em meados de Fevereiro?
Não é que eu esteja com saudades do Natal. Nem tão pouco tive um momento de nostalgia em função de uma recordação natalícia. Nada disso.
Um conto de Natal porque neste momento sinto-me como se fosse o Ebenezer Scrooge dos tempos modernos.
Mas não nas características de velho malvado, velhaco e sovina que caracterizam a personagem que Charles Dickens idealizou.
Tal como o velho Srooge também eu estou a receber a visita de 3 fantasmas.
Para quem não sabe Ebenezer Scrooge recebeu no dia 24 de Dezembro a visita de 3 fantasmas. O fantasma dos Natais Passados, o fantasma do Natal Presente e por fim o Fantasma dos Natais Futuros.
Não é este o caso. O Natal neste caso está arrumado até á altura própria.
O que me faz sentir o Ebenezer Scooge dos tempos modernos são somente a visita dos 3 “fantasmas”.
Mas curiosamente os “meus fantasmas” são mais desorganizados. Eles não devem conhecer o conceito cronologia, e por isso mesmo aparecem quando bem lhes dá na mona.
1º Apareceu o “Fantasma do Tempo Presente”, ao qual vamos chamar LDR, que veio em forma de serpente de duas cabeças…estão recordados do Lazario?
O LRD decidiu que estava na hora de me importunar um bocadinho a mioleira. E desde essa data que me vem a maçar pondo em causa a minha perfeita sanidade mental e emocional… que já de si não são normalmente muito certas.
Como se não bastasse esta coisa simpática, quem é que decide aparecer?
Ai está, o “Fantasma do Tempo Passado”, cujo nome químico será BPD.
Já não bastava a algazarra que o LDR estava a causar como tinha que arranjar um companheiro de brincadeira.
Dizia ele…ando um pouco sozinho, por isso manda vir o BPD.
E o caminho para o inferno começou então a ser trilhado…a minha sorte é que ainda não comprei o passe inter-modal que me permita chegar ao destino final. O meu só dá até ao purgatório.
E pela velocidade da carruagem já devemos estar a chegar, pois é um misto de calor e paz que me invade não só a alma mas também as partes baixas…Eheheeh.
È usual dizer dois é bom, três são demais (digamos que é uma frase que depende). Mas estes amigos não acharam isso e mandaram vir o “Fantasma do Tempo Futuro” para se juntar a eles.
E não é que ele respondeu á chamada. E quando dou por mim já o LDV e o BPD tinham por companhia o ASF.
E foi nessa altura que se ouviu PPPUUUMMMM dentro da minha carruagem cerebral.
Agora é que o caos está definitivamente instalado…
Parece que houve uma réplica do terramoto sentido em Lisboa, mas foi só dentro da minha mona.
A visita destes 3 “amigos” originou que a carruagem tivesse parado. Que o rumo que estava há muito definido, tenha perdido todo o sentido.
È tempo de parar a carruagem e pensar…mas pensar no quê e em quê???
No modo??? Na solução??? Na resolução???? No Resultado Final da conjugação de todas estas interrogações???
Tenho a cabeça literalmente toda FOD…..
Por causa desta metáfora ao conto de Natal que Charles Dickens escreveu há mesmo muito tempo, é que posso dizer com plena convicção (mas sem muitas certezas) que ando A Procura de… tomar decisões.
Fui.

PS: Acho que vai ter de ser rápido, sob pena de ir parar ao sanatório mais perto….

Monday, February 12, 2007

E depois do SIM…

Pois é meus amigos, o SIM ganhou.
Oito anos depois do 1º Referendo sobre a IVG, e onde o NÃO ganhou, a povo português optou desta vez por ter um sentido de voto contrário.
E ainda bem que isso aconteceu.
No entanto mais uma vez os portugueses denotaram um profundo desprezo pelo instituto do Referendo.
Algumas vozes dizem que foi o referendo mais participado de sempre, que houve uma votação muito similar as ultimas eleições europeias… e dai!!!
O português é um tipo que gosta de reclamar que nada está bem, mas quando tem instrumentos á mão que lhe permitem tentar mudar o rumo ás coisas prima pela omissão… e desta vez não foram para a praia.
Cerca de 56 % de abstenção faz com que este referendo não seja juridicamente vinculativo.
No entanto manda a lei do bom senso que o mesmo seja politicamente vinculativo…José Sócrates já deu o 1º passo, falta o Presidente Cavaco Silva dar o último na promulgação da nova lei sobre a IVG.
Mas esta é uma questão que me levanta uma série de duvidas…
Com a vitória do SIM o aborto efectuado até as 10 semanas deixa de ser crime e como tal não susceptível de pena.
No entanto após as 10 semanas a IVG já não pode ser efectuada de forma legal em qualquer estabelecimento médico autorizado… e a partir dai, que tipo de moldura legal vai ser prevista para esta situação?
Esta é uma situação que me levanta algumas / muitas dúvidas. Estamos em Portugal, e como todos sabemos nós temos a mania de complicar com burocracias que não lembram nem ao diabo.
Se uma mulher decidir que quer abortar quando vai na 9ª semana de gravidez, garantidamente que não vai a tempo de percorrer todos os trâmites de fazer uma IVG dentro do prazo legal estabelecido. E como é que ficamos neste caso?
Pelo facto de o aborto ser despenalizado, espero que essa despenalização não se transforme numa efectiva Liberalização do mesmo. Isto seria ir contra todos os argumentos que o defensor do SIM invocaram, acabando por dar razão aos defensores do NÂO.
Espero que as coisas sejam muito bem pensadas pelo legislador e que não se possa abortar por dá cá aquela palha.
Existem motivos muito válidos para um casal (onde a mulher deve ter o voto Minerva) optar pela IVG… no entanto estes motivos não podem ser genéricos e devem ser olhados caso a caso e devidamente fundamentados.
Deve haver acompanhamento psicológico na tomada de decisão por parte das mulheres. Abortar é uma decisão dolorosa para qualquer mulher, e nenhuma mulher se sente feliz por ter que o fazer… mesmo que isso se revele o melhor tanto para si como para o futuro bebé.
Uma outra situação que já tinha pensado e que ontem veio a coação tem a ver com o invocar por parte dos médicos (e desconfio que há muitos) do instituto de objector de consciência.
Até que ponto é que será válido invocar este instituto, indo deste modo contra o que entretanto irá ser legislado?
Esta vai ser uma matéria onde o legislador nacional vai ter que ter uma especial acuidade na sua formulação.
Não devem ficar rabos-de-palha numa matéria desta delicadeza, sob o risco de a nova legislação se revelar insuficiente e depois não haver novamente coragem da parte dos nossos governantes para rever a situação.
No entanto julgo que isto não vai ser suficiente para por fim aos abortos clandestinos.
Portugal é um quintal, a mentalidade predominante neste pais ainda é a do tempo da outra senhora, a vergonha de alguém suspeitar que se possa fazer um aborto é demasiada, etc, etc…
Em função disto as idas a Badajoz vão continuar, as idas a Londres também, e as idas a locais duvidosos não vão parar.
Compete também ao legislador, legislar de modo a tentar pôr cobro a este flagelo… mas não será nada fácil.
Por sermos um pais de mentalidade tão tacanha e mesquinha, bem podemos todos ficar na dúvida em relação a quantas mulheres irão A Procura de… um hospital para efectuar um ABORTO.
Fui.

Sunday, February 11, 2007

O Aborto e o seu Referendo

Hello hóspedes deste hotel piolhoso.
Estive ausente durante algum tempo, mas a culpa não foi minha…foi da inspiração. Essa desgraçada que me deixou só e abandonado durante algumas semanas e que não me permitiu partilhar com os meus fervorosos hóspedes todo um leque de temas que estão guardados numa gaveta e que a qualquer momento podem aparecer neste espaço bem miserável.
Ora um deles é o Aborto e o Referendo que se vai realizar daqui a algumas horas.
Antes de mais este referendo só vai acontecer por manifesta falta de coragem politica dos nossos governantes.
Como é um tema demasiado fracturante na nossa sociedade, a classe politica que governa este pais não tem coragem de legislar. Apesar de serem os representantes do povo na Assembleia da Republica, passam para o povo o ónus de uma decisão que deveria ser sua…e nós tudo bem.
Portugal é um pais que não tem tradição em referendos, onde a participação dos portugueses na vida politica tem vindo a diminuir com o passar dos anos, por isso só se espera que 50% da população exerça o seu direito de voto para que este referendo seja vinculativo.
Numa matéria desta natureza só pode haver duas respostas possíveis. Ou Sim, ou Não…desconfio que se houvesse o nim, era este que ganhava.
Temos argumentos bons e maus de ambos os lados. Mas também ouvimos argumentos muito estúpidos das duas partes.
Confesso que o mais estúpido que ouvi dos apoiantes do Não foi: “Os terroristas atacam sempre no dia 11”… sem comentários.
O Não, tem colocado o assento tónico na existência de uma vida… independentemente de tudo o resto.
Tem dito também que para além da mãe existe um pai. Ele até pode existir só que muitas vezes não existe.
E como estas muitas outras. Um exemplo é o video que podem ver abaixo da autoria do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa e que tenta transmitir eventualmente algumas mensagens menos verdadeiras.

O Sim tem colocado o assento tónico em dois pontos.
Por um lado estamos a votar na Despenalização e não na Liberalização do aborto.
E por outro lado na vontade da mulher, no direito que a mulher tem sobre o seu corpo.
Vejam o vídeo que se segue.

Depois de tudo isto reforço a minha opinião...estamos perante uma situação de falta de coragem politica. Falta de coragem para legislar não só sobre a IVG mas também sobre a lei penal que considera a IVG como um ilicito penal e que como tal deve ser punido.
Há 8 anos atrás votei Sim. Oito anos depois o meu sentido de voto é o mesmo.
Até posso intrinsecamente pensar que não, mas conscientemente e racionalmente penso que sim.
Independentemente do resultado que venha acontecer tenho o receio de que nada vai funcionar como o que está previsto.
Estamos em Portugal, onde nada funciona e onde as mentalidades ainda estão no tempo da outra senhora…e somos do tamanho de um quintal.
Por isso independentemente do sentido de voto de cada um devemos comparecer em massa ao Referendo. Nem que seja para provarmos aos nossos governantes que temos mais coragem do que eles e que assumimos sem medo a responsabilidade pelas nossas decisões.
Independentemente do resultado devemos encarar a situação com um sorriso nos lábios. Mais ou menos assim:


Uma nota final para acabar este post.
Vou votar SIM mas só eu sei o que me custa defender a mesma posiçaõ que bloquistas e comunistas….mas prometo que será uma vez sem exemplo.
A não ser que o bloco mande a Ana Drago e a Joana Amaral Dias para me convencerem pessoalmente e de um modo bem carinhoso e atrevido…Eheheheeh.
Neste pais andamos todos A Procura de… tomar uma decisão consciente.
Fui.