O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Wednesday, April 25, 2007

25 de Abril

Hello clientela ranhosa deste espaço miserável, o que vai ser hoje?
Se julgam que vamos falar do 25 Abril na vertente politica e social da coisa estão profundamente enganados…não temos tempo e sobretudo pachorra.
Todos sabemos o que o 25 Abril de 1974 representa para Portugal. Não sabem? Não querem saber? Ok, já percebi, são militantes do PNR.
Então se não se importam vou chamar a segurança para vos convidar a sair delicadamente…assim tipo a o som de uma moca de Rio Maior.
Quem quiser ver essa perspectiva do 25 Abril ligue a televisão…hoje é mato. Coisa original vai para 33 anos.
Também não vou falar na minha perspectiva pessoal do 25 Abril, nem da minha vivência da coisa. Primeiro porque a perspectiva pessoal é demasiado extensa e segundo porque não tenho sequer recordações remotas do acontecimento…ainda era um petiz de fraldas.
Também não vou entrar naquele lugar comum de dizer que as normas da sociedade são uma ditadura e está na hora de fazer um 25 Abril…não sou um grande defensor deste tipo de sentimentos pró-anárquicos.
Há uma perspectiva diferente do 25 de Abril que pode ter piada ser explorada…a perspectiva das emoções.
Tem sido fácil de perceber que vivo uma altura difícil nessa matéria. Não, não vou dizer que vou fazer um 25 de Abril em relação ao assunto…aqui é um grito do Ipiranga, pois há memórias que nunca se apagam.
No entanto não vou encenar esta (nem sei como lhe haveremos de chamar) digamos então, fragilidade não só minha mas do ser humano.
Qual fragilidade, perguntam todos?
As emoções. Aquela coisa velhaca que se sobrepõem ao nosso lado racional e que lhe dá de goleada.
Com o crescer fui ficando demasiado objectivo, demasiado lúcido perante as minhas fraquezas e perante a dos que me tocam…por vezes acho que sou lúcido demais a dizer as coisa. If you know what I mean?
Apesar do turbilhão emocional que é a minha vidinha, acho que os recentes acontecimentos fizeram com que tenha amainado. Tenho ponderado muitas coisas, mas acho que apesar da tal lucidez invocada, tem sido muito mais uma ponderação emocional.
E é este tipo de ponderação que me tem feito sorrir muitas vezes e fazer com que me sinta com uma grande paz de espírito e com uma gigante quietude interior, e sentir-me como um topo de gama (modéstia a parte…eheheh) que ainda não encontrou a condutora ideal, a condutora que estivesse á altura para conduzir o topo de gama até ao destino… é a viding.
Neste momento devem de estar todos a pensar (os que pensam), mas o que é que tudo isto tem a ver com um suposto 25 Abril?
Não tem nada e tem tudo.
O 25 Abril não se faz unicamente através de manifestações exteriores. De ir para a rua gritar como diria Zeca Afonso, de fazer evidenciar qualquer coisa, assim tipo um cravo (que flor mais pindérica) na lapela.
Há 25 de Abril que se fazem sobretudo por dentro. Há revoluções que devem ser feitas sobretudo por dentro. Não ao nível das vísceras e afins, mas uma revolução de emoções.
É no entanto muitas vezes difícil fazer revoluções emocionais pacificas, mas faz parte de um processo que se quer revolucionário, mas com um objectivo supremo em mente.
Só assim os nossos dias deixam de ficam penhorados pela revolução emocional decretada pelos nossos capitães particulares…a abulia torna-se inesperadamente incisiva e objectivamente direccionada.
E tudo se resume ao que diz a música…
It’s my life,
It’s now or never,
I aint’t gonna live forever,
I just want to live while I’m alive


Porque, como alguém disse… Até ver, a vida ainda é a melhor coisa do mundo.
Vou A Procura de… concretizar a minha revolução.
Fui…mas volto.

5 Comments:

Blogger Jingas said...

tu...

7:09 am

 
Blogger Sarita said...

This comment has been removed by the author.

12:39 pm

 
Blogger Sarita said...

This comment has been removed by the author.

12:40 pm

 
Blogger Sarita said...

Tenho pena, apesar de só terem passado 33 anos (e eu ainda não era nascida) muita gente já não ensinar aos filhos e netos o que foi o 25 de Abril, a mudança que foi na sociedade...é triste...
A mim sempre me fizeram ver o que tinha sido o 25 de Abril, será porque Salgueiro Maia era amigo do meu pai? não sei...mas há pessoas que esquecem depressa coisas que não deviam...

12:40 PM

12:41 pm

 
Anonymous Anonymous said...

"...e sentir-me como um topo de gama... que ainda não encontrou a condutora ideal...". Está do melhor essa frase! :-).

1:06 pm

 

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