O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Friday, May 04, 2007

Uma Delicia de Trambolhão

E pronto malta, cá estamos nós para a nossa última etapa.
A pequena excursão organizada pelo nosso Bordel está a chegar ao fim.
Depois de ficarmos fascinados com a nossa livraria, de ficarmos não menos excitados com a nossa Sex Shop, só falta mesmo a visita a chamada Escola da Evolução.
Como ela fica situada na encosta da blogosfera, o melhor mesmo é apanharmos o autocarro que por aqui passa. Ir a pé podia ser muito cansativo, e já há algumas pessoas com idade avançada.
Ora cá está ele. E lá vamos nós a caminho da Encosta da Grande Avenida…assim tipo favela de uma grande cidade brasileira.
Como sempre, a viagem é novamente curta. As distâncias nesta Avenida parece que encurtam.
E cá estamos nós de frente para um edifício moderno e bem soalheiro…a Escola da Evolução.
È no entanto uma escola bem abrangente…vai desde a mais tenra idade até a um tipo Lar de Idosos, mas uns idosos castiços e bem dispostos.
Somos recebidos pela Directora Inês, que nos faz uma primeira apresentação da sua “Escola”… Sejam muito bem vindos ao “Trambolhão”, o local onde tudo cai aos trambolhões. Onde nada faz sentido e a coerência é nula.
Vocês devem de estar a perguntar…Mas afinal o que é que isto tem a ver com a Evolução?
Toda a nossa evolução, todo o nosso crescimento interior é feito de muita coisa. Entre elas grandes trambolhões que a nossa vida dá, coisas sem sentido que irrompem pelas nossas vidas e por situações onde a falta de coerência nos deixa no mínimo perplexos.
No entanto este é um local, onde o Trambolhão que damos, a falta de sentido e a incoerência tem umas cores menos sombrias, até mesmo, e porque não mais alegres.
Com um sorriso contagiante e um orgulho estampado no rosto a Sr.ª Directora abre de par em para as portas do “Trambolhão”.
Adivinhem quem é que chegou antes de nós… Já prontíssimo para colocar a música a bombar, lá está ele, DJ Rá. O nosso Deus do Sol musical deve andar por caminhos muito mais curtos que nós…deve vir por atalhos de banda larga.
As portas estão abertas. Uma luz que acalma vem lá de dentro e a música surge naturalmente nos nossos ouvidos…os sentidos ficam completos.


Gosto muito de it

Não percebi. Gostas de?

De it, só de it!! E baixava a cabeça, frustrado consigo mesmo. Acabava por agarrar num pedaço de papel e escrevia-o devagar, trémulo, sílaba a sílaba, com o seu lápis pequenino, porque sabia que a sua imaginação não o iria atraiçoar, desta vez.Mas mal tentava dizê-lo em voz alta, com toda a garra e sinceridade, as letras baralhavam-se outra vez num esquema mental difuso e saiam sílabas sem sentido.

No dia do casamento, quando o padre fez a pergunta adequada, apenas se ouviu da boca do noivo: Ism.

Não se importa de repetir, por favor?

Ism, ism, ism. Ela chorava desgostosa e o padre fingia não ter ouvido, enquanto os antigos pretendentes da noiva quase que deitavam notas ao ar e rebolavam no chão de prazer.

Quando estava às portas da morte, de mão dada à sua esposa, conseguiu finalmente dizer: gosto de ti, gosto de ti porra, sem mais medos ou inseguranças sobre o destino de o afirmar. O medo de pronunciar algo tão solene e especial, como que a desafiar o mundo prepotente que por vezes ameça destruir os nossos sonhos se os proferimos em voz alta, desapareceu.

Eu sempre soube, podes descansar. Afinal sempre lá tinha estado o significado, só as letras é que estavam baralhadas. O importante é que as acções sejam percebidas como um todo.

Afinal, o amor não sente a "dislexia”

E o amor é muito mais que palavras ;-)…….
Esta foi uma das salas que nós visitamos… e uma sala onde eventualmente já estivemos a titulo pessoal.
Muitas outras há para descobrir, e redescobrir.
E depois disso é que podem perceber porque é que eu lhe chamei a Escola da Evolução…apesar de ser aos trambolhões, onde nada faz sentido e onde a coerência é nula.
Estamos de volta ao espaço mais profundamente deprimente da blogosfera.
As histórias vão voltar a ser criadas dentro deste Bordel.
Com a espectacular falta de interesse de sempre, mas com a firme convicção de que ainda é possível fazer pior…mas sempre com salero.
Depois desta saída até espaços substancialmente mais interessantes e fascinantes da Grande Avenida, vamos voltar novamente a andar A Procura de… coisas.
Fui…mas volto.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

More than words...

2:36 pm

 

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