O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Tuesday, December 25, 2007

Diz que é Natal

Hello, hello bela e angustiante clientela que tropeça de mesa em mesa neste bordel literário da Grande Avenida.
Diz que é Natal… ouvi boatos que apontavam nesse sentido. Mas mesmo assim desconfiei.
Eis que senão (e não snow…essa não aparece por esta bandas) sou despertado para essa mesma realidade através do som maviosamente irritante de sininhos.
É o Pai Natal gritei eu!!!
Mas um bom par de estalos fez-me voltar a realidade, e verificar que um marmanjo como eu já não está em idade para acreditar no Pai Natal. Deve ter sido uma recaída do síndrome de Peter Pan que volta e meia aparece a baralhar ainda mais os meus neurónios… era só a campainha da porta.
Era a chamada para o último teleférico de acesso ao local da festa da consoada. Consegui não o perder… apesar das dúvidas quiçá existenciais em relação á farpela a usar na grande gala.
Chegado ao local de destino um brilho no olhar e simplesmente sorri.
A azáfama era tremenda. Tudo fervilhava vida… e ainda faltava a irrequietude.
Desde o local onde as poções mágicas eram confeccionadas até á sala do banquete tudo era movimento. Preparativos e arrumos de última hora eram feitos, para que nada faltasse no momento alto da noite.
A irrequietude chegou e com ela aumentou a confusão, a alegria e também a vida naquele local de festa… afinal havia um último teleférico. Fui enganado.
Iguarias de mar e terra foram degustados com o mais finos e potentes néctares d’ouro.
A muralha da lucidez foi sendo pouco a pouco quebrada e alegria da loucura saudável liberta ao som galopante de um monopólio natalício.
Eis que se ouvem passos. Quem seria?
Não faço ideia. Era na rua e estava muito frio para abrir a janela.
Num piscar de olhos a loucura saudável dá lugar a uma loucura completa e insana… a irrequietude está solta por completa e é acompanhada pelos sentimentos e comportamentos de maior felicidade e de inquietação sorridente.
Brulhos e embrulhos aparecem vindos do nada. Saltos e sorrisos que aumentam ao ritmo alucinante de fitas e papéis que se soltam ao vento…Porra, quem é que abriu a janela, está tudo a voar.
Parecia um furacão que chegou sem aviso prévio, um tsunami seco mas com a intensidade que se lhe reconhece… mas muito bonito mesmo.
No quarto da alma a recordação e lembrança da matriarca… tão longe mas ao mesmo tão perto.
No céu do coração o brilhar intenso de duas estrelas… encosta-te a mim, enrosca-te a mim. O amor de sempre, para sempre.
Na sala da razão a loucura brilhante daquele momento, daquele quadro de Natal… lá estou a ser atacado novamente pelo síndrome de Peter Pan… tenho uma visão linda do palhinhas.
Arrasado o espaço pelo tufão que por ali passou, ainda há tempo para um last kiss em todos os convidados. Os teleféricos vão começar o seu movimento contrário.
Está na hora do regresso a casa…
Diz que é Natal… tempo de amor, felicidade, partilha, momentos…
Diz que sim, e confirma-se é Natal… olhei e vi a estrela que aponta e ilumina o caminho na direcção do palhinhas, e qual Peter Pan levantei voo e segui sempre o seu iluminar.
Diz que é Natal, e muito bem.
Qual Rato Mickey desta vidinha, vou andar sempre A Procura de… confirmar este tipo de boatos. Por isso abram alas pró Noddy :-)
Fui... mas volto.

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