Melancholic and the Infinite Sadness

Hello clientes desta miserável loja de horrores que brota viçosa qual erva daninha, e vai destruindo este belo jardim que é a blogosfera…apesar de ser um jardim que tem alguns cactos.
Pois é apesar da introdução deste texto não vamos garantidamente falar de nada que tenha a ver nem com jardinagem nem com agricultura.
Seriam garantidamente temas de grande interesse para as pessoas que não tem interesse nenhum. Digamos que teriam um interesse tão deprimente como teria um texto que falasse de macramé… e o que o macramé é deprimente.
Por outro lado, apesar do titulo deste post, também não vamos falar dos fabulosos Smashing Pumpkins, ou Abóboras Fantásticas para os mais chegados… esses é mais Mellon Collie and the Infinite Sadness (é parecido foneticamente…não é igual).
Vou falar de uma conversa que tive a uns dias atrás com uma pessoa amiga e que reflecte o que acontece em muitos casos por ai fora.
A conversa ia bem solta, partilhávamos confidências de amigos quando começamos a falar das nossas relações e dos encontros e desencontros que a vida nos tem proporcionado.
Mas como a minha vidinha não é para aqui chamada (pelo menos hoje), pois caso contrário dava para escrever um papiro…tipo daqueles muito antigos.
Dizia-me ele que em matéria de mulheres ou é cada tiro cada melro ou cada cavadela uma minhoca…mas para o azar.
Dizia ele que tinha uma pontaria, estilo caçador que padece de uma combinação explosiva de astigmatismo e de miopia em estado muito avançado.
A situação era muito, mas muito curiosa.
Todas as mulheres com quem se tem envolvido nos últimos tempos, deviam padecer de um qualquer defeito de fabrico. Após o envolvimento inicial, nada funcionava. O resultado era sempre o mesmo… o fim da relação.
Mas era o fim da relação não por causa das mulheres, mas por causa dele. Elas gostavam dele, mas ele não gostava o suficiente delas para manter um compromisso estável e com as cedências mútuas que uma relação normalmente obriga.
Por outro lado, por cada mulher por quem efectivamente se apaixonava e com quem achava que poderia assumir um compromisso…NADA, só levava tampas.
Parecia aquelas corridas onde se aposta sempre no cavalo errado.
Dizia ele que tinha sempre o filling certo para a mulher errada.
Quem visse aquela conversa poderia muito bem imaginar que estava a ver uma versão muito ranhosa e reduzida do Sexo e a Cidade…só que em vez de 4 mulheres interessantes, estávamos na presença de dois manos que variavam entre o deprimente e o ridículo…Eheheheeh.
Só lhe pude constatar uma coisa, dizendo-lhe que apesar de não ser este o projecto de vida que eventualmente teria para esta fase da minha existência, não era por causa disso que eu iria andar a carpir mágoas, mas que antes demais nada procurava em cada dia ser feliz…e era isso que ele devia fazer e deitar para trás das costas toda a melancolia e tristeza infinita que muitas vezes o invadia.
Olhar para a frente, arrepiar caminho e ser feliz.
Por isso digo a todos o que lhe disse a ele. Vamos todos A Procura de… never stay Melancholic and with the Infinite Sadness.
Fui.