O Bordel mais fantasticamente deprimente da Blogosfera

Thursday, March 22, 2007

O Regresso do Mito

Pois é malta, os 5 fabulosos estão de volta…
Eddie Vedder, Matt Cameron, Mike McCready, Stone Gossard e Jeff Amet vão voltar ao nosso pais no próximo dia 8 de Junho.
Quanto a vocês não sei, eu estarei lá de certeza. Eu e o grande Boor Gaspar que mais uma vez deve acompanhar os fabulosos de Seatle.
Já ando para escrever este post há muito tempo, mas ainda não tinha sentido a inspiração necessária que ele merece.
Neste momento toca atrás de mim a música mais bonita que algum ser humano alguma vez fez e ouviu… “Black” tocado ao vivo no Pavilhão Atlântico no passado dia 04 de Setembro…até estou arrepiado.
Como é que eu tenho esta coisa fabulosamente indescritível… só digo, gracias Lucis.
Lembrar aquela noite é um recordar permanente de fortes emoções e sentimentos.
Foi o realizar e o concretizar de um objectivo que há 10 anos estava a ser adiado…e acreditem que 10 anos é muito tempo.
Nas duas ocasiões que estes Deuses da música vieram a Portugal nunca consegui comprar bilhetes para o concerto. Havia sempre qualquer coisa que me impedia de estar em Lisboa para comprar o bilhete e ir passar uma noite de plena loucura, de completo êxtase.
Ele foi Cascais e um mau humor por ficar de fora. Ele foi o Restelo e a depressão quase apocalíptica que sobre mim se abateu.
Escusado será dizer, que desta vez, no primeiro dia em que os bilhetes foram postos a venda lá estava eu plantado na Fnac para adquirir o bem mais precioso. Quando tive aquele pedaço de papel azul na mão acho que me transformei no Smeagol…não parava de gritar, my precious, my precious…. Estava completamente doido e fascinado por aquele papelinho mágico.
Parece abuso mas é verdade. E isto não é nada. O papelinho azul esteve sempre em local visível dentro dos aposentos reais, vulgarmente chamado de meu quarto…até que desapareceu.
Não queiram imaginar a perturbação que isso me provocou. Insanidade pura, o expoente máximo da loucura visto nos olhos de alguém e a quantidade de impropérios que foram ditos até o papelinho azul voltar a aparece.
Mas adiante. Chegado o tão ansiado dia lá fui eu mais o meu amigo Farinha rumo ao Éden musical.
Faltava pouco para eu concretizar um sonho que me perseguia á uma década.
Lá chegados comprovamos uma desconfiança que trazíamos. Eu e o meu amigo Farinha íamos assistir ao concerto separados. Eu na plateia ele no topo da bancada do Atlântico…mas não faz mal, afinal eram os PEARL JAM, era o sonho a tornar-se realidade.
Com o apagar das luzes e o soar dos primeiros acordes de "Wasted Reprise” acho que a minha emoção atingiu níveis que eu nunca pensei passar num concerto.
A seguir foi todo um desembrulhar de sentimentos e emoções e um autêntico recordar de diversos momentos passados ao som do absolutamente fabuloso “Ten” de onde saem preciosidades como o “Even Flow” , a música que despertava os meus braços no antigo Rock Line… “Alive”. O fabuloso “Jeremy”, e um dos momentos altos do concerto com “Black”. Já vos disse que é a melhor música de sempre? Foi um momento de comunhão entre a banda e nós que não tem explicação.
“Daugther” , “Elderly woman behind the counter in a small town” (Uff), a ausência inexplicavél do “Dissident”…não se podia tocar tudo.
Até o “Vitalogy” esteve representado… para além de mim esteve lá outro “Better Man”…eheheh.
Sem qualquer código de conduta, assim foi a minha atitude no público…simplesmente louco.
“No Code” e “Lukin”. Llllliiiiiinnnnddddooooo.
“Wishlist” e “Do the Evolution” fizeram-me recuar até 1998 e rever o regresso em grande destes Deuses da música em “Yield”.
Com “God's Dice” recordei “Binaural”.
Nem mesmo o álbum de lados B’s, que são todos lados A’a, o magnânimo “Lost Dogs” ficou sem referência. O absolutamente divinal “Yellow Ledbetter”, onde o público estava absolutamente rendido á banda, e a banda ao público, não poderia haver melhor maneira para acabar o concerto. Luzes do Atlântico acesas e a rendição e comunhão de sentimentos que invadia todos os que, como eu, olhavam maravilhados para o palco… só tive pena de não terem tocado o “Footsteps”, ficou para os sortudos do segundo dia.
“I Am Mine” representou “Riot Act”, e com “Crazy Mary” as emoções cederam…até agora só de me lembrar
Do último álbum foram desembrulhadas 8 preciosidades, desde o genial “Word Wide Suicide”, com uma mensagem politica bem vincada, o surfavel “Big Wave” ao lindíssimo “Inside Job”… estou completamente arrepiado a escrever este texto e a ouvir como inspiração o concerto onde eu estive a venerar 5 músicos no mínimo geniais.
Momentos altos do concerto houve muitos, mas este foi sem dúvida nenhuma o momento…


E eu estava ali tão perto, a ver o expoente máximo dos meus ídolos de sempre a pouquíssimos metros de mim.
Só vos posso dizer que parecia um puto. Que sozinho curti como se estivesse acompanhado por dezenas de amigos.
Cantei, gritei, saltei como se não houvesse amanhã…a voz no dia seguinte estava off. Ver malta com 16 anos (esta malta tinha acabado de nascer quando eles começaram) e outros com 40 a partilhar as mesmas emoções, os mesmos sentimentos…e até os mesmos charros (só com o cheiro fiquei com a moca).
Eu podia estar aqui eternamente a descrever o que vi o, que senti, e quanto me emocionei nesse dia…mas vocês tem mais do que fazer.
A melhor descrição que tenho para o que vivi é apenas uma: Foi o melhor dia da minha vida desde o nascimento do meu filho…agora me lembro ainda não sou pai. Eheheheheheh.
Como qualquer paixão, também esta revela facetas de insanidade e só vos posso dizer que neste momento faltam exactamente 78 dias,0 hora, 38 minutos e 15 segundos para o regresso do mito aos palcos nacionais.
Tal como Eddie Vedder disse em bom português dos portugueses, eu digo deles…Vocês são do caralio. Ahahahahaha.
Como devem calcular vou estar desesperadamente A Procura de… comprar mais um PRESCIOUS…e logo no 1º dia.
Fui…

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